Toronto - O jurista, político e administrador não executivo da Sonangol Marcolino Moco apelou recentemente ao presidente do MPLA “(...) a ser ele próprio (...)” . O apelo foi feito durante a sessão de abertura do “VII Congresso Extraordinário” do partido no poder, realizado recentemente em Luanda. A resposta ao pedido de Marcolino Moco não tardou. Ela foi dada durante a sessão de encerramento do “VII Congresso”, durante a qual o presidente do MPLA, João Lourenço, mostrou o seu verdadeiro rosto: Intolerante, Autocrata, absolutamente Absoluto e, contra todas as expectativas, alérgico à critica.


Fonte: Club-k.net

(FAA) em prontidão combativa,

durante a realização do “VII Congresso do MPLA

O presidente do MPLA acabou, sem querer querendo, por revelar como poderá lidar, daqui para diante, com quem tenha ideias contrárias às suas; ou seja, o que João Lourenço quer, doravante, é que haja unanimidade entre os militantes do partido (o que é, quanto a nós, sinónimo de burrice) e proibir a Sociedade Civil de pensar “fora-da-caixa”. Só assim se pode entender a ameaça (velada) feita pelo presidente do MPLA à empresária Filomena Oliveira, em resposta a uma crítica que a mesma fez aos técnicos da AGT, durante um programa de debate promovido recentemente pela Televisão Pública de Angola (TPA). João Lourenço, na cerimónia de encerramento do VII Congresso, disse, rebatendo a crítica da empresária Filomena Oliveira, que “estamos a ouvir, que não somos surdos  (...). Não gostei nada (...)” .


Ora se não gostou, que “comesse” (ouvisse) menos. Mais ou menos, a verdade é que a vida da empresária Filomena Oliveira está, agora, sob a responsabilidade do Presidente do MPLA. Se nos próximos dias, a empresária Filomena Oliveira for abalroada por uma bala nas ruas da cidade de Luanda, a responsabilidade deve ser assacada unicamente a João Lourenço. Se os travões do carro da empresária falharem na EN 100, Serra da Leba ou numa qualquer rua da cidade do Lubango, a culpa será... de João Lourenço.   


Ao ter ameaçado a empresária Filomena Oliveira, João Lourenço não só atingiu o “Nível Zero” como mostrou, acima de tudo, que não está preparado para ocupar o cargo que ostenta em nome do Povo.


O sucessor de José Eduardo dos Santos - agora que tem o respaldo de muitos “apparatchiks” que impôs no Comité Central do MPLA – vai, nos próximos tempos, endurecer o seu discurso. Está visto. Está visto também que João Lourenço não vai fazer melhor que José Eduardo dos Santos, pois acabou-se o benefício da dúvida em relação às promessas eleitorais.


O discurso do combate à corrupção não passa disso mesmo, de discurso. A promessa de abertura dos Meios de Comunicação Social Públicos não passa mesmo de simples promessa, tanto assim que as notícias referentes ao PR e ao presidente do partido no poder são editadas pelo ministro da Comunicação Social João Melo.


Como é que alguém que se propõe a governar de forma diferente de José Eduardo dos Santos,  proíbe a Comunicação Social de cobrir o encerramento do “VII Congresso do MPLA”? Como é que alguém que se propõe a fazer diferente orienta as Forças Armadas Angolanas (FAA) a ficarem em prontidão combativa, durante a realização do “VII Congresso do MPLA”?


É assim: O Presidente da República e do MPLA, João Lourenço, disse que não gostou da crítica da empresária Filomena Oliveira ao seu Executivo e aos técnicos da AGT. O povo, este, também não está gostar de muitas atitudes, discursos seus e muito menos o rumo da sua governação. Deixe de atirar areia para os olhos dos cidadãos com exonerações que em nada beneficiam o Povo. Já agora, acaso João Lourenço já se perguntou a si mesmo se o Povo gostou de ouvir que não quer assumir a paternidade da filha que tem com a senhora “Sandra, a mulata”?  Olhe, senhor Presidente, que o Povo (também) não gostou nada...de ouvir!