Luanda - Cerca de meia centena de pessoas assinaram neste sábado no complexo turístico KDS, no município de Viana, a petição para a destituição do juiz Rui Constantino Ferreira do cargo de presidente do Tribunal Supremo.

*Miguel Ferro
Fonte: Club-k.net

A recolha de assinaturas foi precedida de uma conferência de imprensa dada pelo empresário Francisco Mateus Dias dos Santos, mais conhecido por “Kito dos Santos”, ele que, à semelhança do seu irmão Artur Almeida e Silva , foi vítima de uma alegada Burla por parte do juiz conselheiro do Tribunal Supremo no conhecido caso Arosfram.


O empresário Kito dos Santos começou por fazer um historial do grupo, a situação que o mesmo se encontra e os problemas com o sócio libanês Kassim Tajideen, actualmente a contas com a justiça norte-americana, depois de ter sido acusado naquele país de apoio às actividades terroristas.


O empresário denunciou a conduta desonesta do Dr. Rui Ferreira que, segundo ele, tinha sido contactado como advogado para ajudar resolver o diferendo judicial da Arosfram, mas que ele acabaria por tirar proveito dessa situação, com a conivência de importantes figuras do poder. “ Como foi possível as empresas do grupo e seu património passarem para o domínio dos filhos do Dr. Rui Ferreira?” perguntou.


Exteriorizando um certo o à-vontade disse que ele e o seu irmão tinham a razão do lado deles e não temiam em resolver o assunto em tribunal, mas na condição de Rui Ferreira deixar o cargo do juiz conselheiro do Tribunal Supremo. «Quero que ele vá ao tribunal como um cidadão normal, tal como eu vou. Em igualdade de circunstâncias para que ele não tire vantagem do seu lugar», reforçou.


Segundo a organização do evento, serão indicados, em breve, os locais onde os demais cidadãos poderão subscrever as assinaturas em Luanda. Nas províncias e no estrangeiro serão feitas por via digital.


Empresário desmente Novo Jornal

Durante a conferência de imprensa, o empresário Kito dos Santos desmentiu a notícia publicada no mesmo dia pelo Novo Jornal que, segundo disse, “induziu em erro os seus leitores”, ao prestar a informação que não correspondem à verdade. “Em nenhum momento vendemos as nossas acções ao Sr. Tajideen. Nós fizemos, isso sim, um “ Acordo de accionistas e de parceria do Grupo Arosfran”. Fizemos porque fomos aconselhados pelo nosso antigo advogado Rui Ferreira”.

Os jornalistas ficaram perplexos devido ao facto de o documento publicado pelo Novo Jornal não fazer nenhuma alusão à alienação da Arosfram a Kassim Tajideen, assim como as assinaturas apostas não estarem reconhecidas pelo notário.


Desafiou, por fim, a referida publicação a mostrar os documentos que dizem que eles alienaram a Arosfram ao cidadão libanês Tajideen, assim como o respectivo Diário da República com a correspondente alteração do pacto social do grupo empresarial.