Luanda - "O que o Prof. Doutor Carlos Feijó não esclareceu o que queríamos ver esclarecido no programa discurso direito da rádio eclésia, já que, eu como cidadão interessado no combate ao terrorismo internacional e a corrupção em geral e de juízes, procuradores e advogado em particular, nepotismo, peculato e outros males que enfermam a sociedade angolana, levado a cabo pelo Presidente João Lourenço, atiro a minha pedra no charco para concluir que "o peixe morre pela boca “, como diz o velho ditado popular.

Fonte: Club-k.net

Depois de ouvir o áudio da entrevista do catedrático, varias questões ficaram por esclarecer, e como se diz nas gírias "o que o cabrito comeu, não cozeu". Assim seguindo a lógica dos factos e porque o terrorismo internacional é um crime universal porque constitui uma ameaça para o mundo inteiro assim como a corrupção e o transvessismo na justiça e na advocacia ameaçam o desenvolvimento e o bem-estar de qualquer sociedade.

 

Os irmãos Kito e Artur, que não os conheço nem de perto nem longe, até poderiam ser constituídos arguidos por co-autoria, a título, no mínimo, de cúmplices no crime de terrorismo internacional de Kassim Tajideen, porque eram sócios da Arosfram, mas ainda assim, teríamos que indagar se eles sabiam da actividade ilícita do seu parceiro, caso não, não podem ser responsabilizados criminalmente, por falta de consciência da ilicitude da actividade do outro, uma vez que a responsabilidade criminal é pessoal e intransmissível e não basta ser acionistas, socio ou administrador da sociedade comercial.

 

Mas o mais grave reside no que disse e assumiu publicamente o antigo Chefe da Casa Civil do Presidente da República, ao afirmar que negociaram com o senhor Kassim Tajideen a compra da Arosfran, já que a pergunta que não se quer calar é, como é que um Estado que tomou conhecimento do envolvimento em acções terroristas de um individuo, ainda assim negoceia com ele e lhe paga milhões de dólares, dinheiro de todos nós? Nestas circunstancias quem é mais terroristas, os que eram simplesmente parceiros do terrorista e não sabiam provavelmente da sua actividade ilícita, ou o Chefe da Casa Civil e o então Presidente do Tribunal Constitucional que negociaram com o terrorista, pagando-lhe milhões de dólares que ainda financiaram a actividade terrorista?

 

No meu entender, o mais correto seria que, face a existência de uma notificação das autoridades americanas as autoridades angolanas sobre a actividade terrorista de Kassim Tajideen, o Estado angolano nunca deveria negociar com ele, mas sim prende-lo, instaurar um processo crime, apreender e confiscar todos os bens moveis e imoveis, que passariam a ser do Estado angolano sem qualquer dispêndio de divisas.

 

Será que o Professor Catedrático e o Presidente do Tribunal Constitucional não sabiam disso? Ou utilizaram a situação para se locupletaram dos dinheiros e dos bens que, em princípio, seriam do Estado angolano sem qualquer encargo, como diz Kito Dias dos Santos?

 

Dr Feijó não sabe que alguns dos Libaneses expulsos voltaram ou não ao país? talvez não seja da sua responsabilidade, que acredito ainda que piamente, mas estão aí há olho de toda gente alguns destes cidadãos na avenida dos combatentes no supermercado que antes era da Arosfram e hoje é da Angolimentos, empresa cujo Presidente do Conselho de Administração chama-se Sidney Carlos Manita Ferreira, filho do então Presidente do Tribunal Constitucional, hoje Presidente do Tribunal Supremo e não da NDAD, empresa criada pelo Estado angolano para adquirir o património da Arosfran, e outras empresas ligadas a Kassim Tangireen. Por aqui fica evidente que Rui Ferreira mentiu quando disse ao Makaangola que agiu como um patriota numa missão de bons ofícios a pedido do Estado angolano:

 

Afinal Kito Dias dos Santos tem razão quando diz que o Juiz agiu como advogado para defender os seus interesses e da sua família, já que a Constituição e as leis do país lhe proíbem de agir desta forma, num claro acto de concorrência desleal para com os muitos advogados que existem em Luanda em particular e que poderiam realizar esta actividade, a não ser que existem apenas dois juristas iluminados em Angola, Rui Ferreira e Carlos Feijó. E quanto a isso não há duvidas porque o próprio Rui Ferreira confirmou ao Makaangola.

 

Onde anda a Ordem dos Advogados de Angola que parece mais uma célula do comité de especialidade dos juristas do MPLA e que perante uma denuncia pública que ofende os interesses da classe que diz representar e defender não mungi nem tungi?

 

Meus senhores, não desviem os angolanos do principal problema que reside no facto de se saber se o senhor Rui Ferreira, enquanto Presidente do Tribunal Constitucional, agiu ou não como advogado neste negocio e no interesse de quem? Por outro lado, saber também se o mesmo se apoderou dos bens do terrorista e se continua a encobrir a actividade do mesmo?


Estas são as questões que interessam a todos os angolanos e deve interessar ao Estado angolano e não estarmos a perder tempo com questões colaterais, de se saber se o Kito e o Artur são ou não donos da Arosfran.

 

Penso que a nossa PGR tem que ser coerente com os panfletos que andaram a distribuir aos cidadãos deste país, apelando para quem soubesse ou tivesse conhecimento de algum ilícito criminal que denúncia-se. Ora, esta aí uma denuncia muito seria e que macula a imagem do Estado angolano, colocando assim em causa a estratégia do líder angolano para a construção da Nova Angola, do combate a corrupção, a impunidade, o nepotismo, a bajulação e outros males que atrasam o desenvolvimento económico e a promoção do bem estar social de todos os angolanos, e volvidos mais de 15 dias a PGR não diz nada, mais foi célere para sair com um comunicado a dizer que o pedido de inquérito que deu entrada na PGR e apareceu nas redes sociais não é da sua responsabilidade, mas o que é mais importante, que é instaurar o inquérito solicitado não faz! Estão a proteger quem?

 

Se não iniciarem o inquérito nos próximos dias, ninguém mais vai colaborar com esta PGR que está a demonstrar falta de seriedade, alimentando discussão do assunto nos jornais e na comunicação social em geral.

 

Será que os Estados Unidos têm que intervir para investigar o senhor Rui Ferreira e pedirem a sua captura à interpol para o prenderem quando sair de Angola?

 

Quem entregou Kazim Tarjedim as autoridades dos EUA, não foi Angola, até porque ele só foi preso em 2017 em Marrocos.

 

Afinal o Estado angolano, representado pelo Advogado Rui Ferreira, nas vestes de Presidente do Tribunal Constitucional e do Ministro de Estado e Chefe da Casa Civil na altura, Professor Carlos Maria Feijó, perdeu dinheiro e bens que a PGR deve recuperar os mesmos activos com urgência até porque estão mesmo aí perto e bem identificados, já que quem negoceia com terrorista também é terrorista.

 

Irmãos Kito e Artur força e não desistam porque os angolanos estão com vocês e não se assustem com a desistência de alguns receosos, como Benja Satula que deve ser ponta de lança de Carlos Feijó, por isso pulou o juro. Ora critica os maribondos, ora é advogado dos marimbondos. Ele não pode estar contra o Feijó porque foi advogado de Carlos Feijó contra o Riquinho e foi Carlos Feijó que lhe indicou para defender o Zenu, alias, quem lê os seus argumentos de desistência, fica sem saber o que pretende dizer, salvo de que Rui Ferreira é um santo.

 

O que pedimos é que a PGR abra o inquérito e seja célere nas investigações, porque senão irmãos KIto e Artur, entreguem o dossiê aos americanos porque eles nestas coisas de combate ao terrorismo não têm meias medidas e podem vir buscar o Rui Ferreira na praia do Mussulo como fizeram na Guiné Bissau com Bubo Natchuto.

 

Vamos todos assinar o abaixo-assinado para pedir a demissão do senhor Rui Ferreira.

Força e estamos juntos até a victoria final.