Lisboa – A Procuradoria Geral da República liderada pelo general Hélder Fernando Pitta Grós quer ouvir o Juiz Presidente do Tribunal Supremo, Rui Constantino da Cruz Ferreira no âmbito de um processo relacionado a empresa privada 5M, de direito angolano cuja acusação foi movida pelo empresário francês Vincent Miclet.

Fonte: Club-k.net

Sócio francês abre queixa contra advogado do regime 

Enquanto viveu em Angola, o empresário francês foi colocado a gerir a empresa 5M, entre o período de 2010 a 2012, ligada a antigos generais da presidência. Os verdadeiros donos da 5M, agora rebatizada por SOPORTOS- Transportes e Descargas, S. A. são: Manuel Vieira Dias Júnior, Leopoldino Fragoso do Nascimento, José Pedro de Morais Júnior e José Mário Cordeiro dos Santos.

 

Na acusação feita, Vincent Miclet, antigo PCA da empresa queixa-se que um grupo de advogados ligados ao antigo circulo presidencial terão rasurado uma procuração forense em seu nome e com poderes especiais e que de seguida foi usada para outras finalidades como passagem de património e movimentações financeiras para alegados familiares que acredita serem “testas de ferro” dos advogados. Vincent Miclet alega não reconhecer como sua, a assinatura contida na procuração por isso acredita ter sido sujeita a alterações indevidas, traduzidas em “falsificação de documentos”.

 

Para esclarecimento do assunto as encarregue de investigar a queixa decidiram ouvir todas as figuras citadas por Vincent Miclet como próximas ao dossier. 

 

Desde o inicio do processo, a PGR ouviu  o sócio  José Mário Cordeiro dos Santos  no departamento de combate a corrupção, que fica no 5o andar das instalações do palácio de Justiça.

 

Na segunda-feira (1), o instrutor do processo, ouviu o queixoso Vincent Miclet para colher o seu depoimento. Vicent que se encontra a viver temporariamente no Reino dos Marrocos foi ouvido durante 45 minutos, na segunda-feira (2 Julho), por vídeo conferência.

 

Quanto a Rui Ferreira, fontes da PGR, esclareceram que este advogado goza de um fórum especial por ocupar um alto cargo na magistratura angolana e na sua condição deverá ser convidado para ser ouvido em declarações num local escolhido pelo mesmo. Deverão ser também notificados, os generais Manuel Vieira Dias “Kopelipa”, Leopoldino do Nascimento, entre outros.