Luanda - O ministro dos Recursos Naturais e Petróleo de Angola, Diamantino Azevedo, disse esta quinta-feira, 4 de julho, à Lusa que as paragens não programadas na exploração petrolífera no país são “um problema” que tem de ser resolvido pelas empresas.

Fonte: Lusa

“Em abril tivemos uma baixa de produção devido a questões de manutenção dos equipamentos, temos aí um problema, e temos estado a trabalhar com as empresas para melhorarem a manutenção dos equipamentos porque há paragens não previstas para além do que devia acontecer na industria e temos de melhorar isso”, disse Diamantino Azevedo.

Em entrevista à Lusa, em Lisboa, o governante angolano vincou que o objetivo para os próximos anos é “ter uma produção estável que permita alcançar a meta de 1,49 milhões de barris por dia, e aumentar as reservas para que nos próximos anos possamos ter uma produção mais ou menos neste nível e daí termos elaborado a estratégia de licitação de blocos de 2019 até 2025”.

Diamantino Azevedo explicou que a estratégia de licitação de blocos até 2025 “define, para cada ano, quais os blocos em cada ano a serem licitadas e as modalidades e faz parte desta estratégia os estudos de bacias onshore que se tivermos êxito poderão permitir, ainda neste período legislativo, a licitação de mais blocos onshore para além do que está na estratégia, o que poderá ser um incentivo para as empresas mais pequenas poderem investir nesta atividade, quiçá até empresas angolanas”.

Na entrevista à Lusa em Lisboa, onde participou numa conferência sobre as oportunidades no setor mineiro de Angola, o governante lamentou que Angola beneficie de apenas 20% do petróleo que produz e reafirmou a intenção de ter quatro refinarias em funcionamento no país.

“Angola só beneficia de 20% do petróleo que produz, só temos uma refinaria com capacidade para 60 mil barris, o que dá um contributo de 20%, os restantes 80% das nossas necessidades têm de ser importados”, lamentou o ministro, acrescentando que quer que Angola “não só deixe de importar a maior parte dos produtos refinados essenciais, como passe a exportar, ainda que não seja, no início, para a nossa própria região, para os países vizinhos”.

O objetivo, concluiu, “não é só de refinação, mas de desenvolvimento da indústria petroquímica, que irá alargar ainda mais o leque das indústrias em Angola”.