Lisboa  – Os serviços prisionais evacuaram na amanha desta sexta-feira, o antigo director geral do Instituto Nacional de Estradas de Angola (INEA), Joaquim Sebastião para uma unidade hospitalar, em Luanda, devido a complicações relacionadas com a próstata. Sebastião está preso preventivamente há mais de 4 meses na Cadeia de São Paulo, no Bairro Nelito Soares.

Fonte: Club-k.net

Joaquim Sebastião que se encontra detido desde fevereiro de 2019 deve ser submetido a uma cirurgia na próstata, mas que até agora não se realizou devido a sua situação carcerária.  Uma Radio local (MFM), havia noticiado que “a situação é grave e piora a medida que o tempo passa”. O portal “Correio da Kianda”, diz tratar-se de suposto “câncer na próstata”.


De acordo com antecedentes, esta é a segunda vez que o antigo gestor do INEA é levado com urgência para uma unidade hospitalar devido à complicações da próstata. A primeira vez aconteceu em Março, depois de ter dado uma crise, no decorrer de uma sessão de interrogatório. Na altura, foi lhe aplicada uma algália – na Clinica da Endiama - para que pudesse liberar-se da retenção urinaria.


A situação de saúde de Joaquim Sebastião tem estado a dividir a sociedade questionando-se sobre a humanização do Direito Penal, nas prisões em Angola. Em Abril passado, a então diretora da cadeia de São Paulo, foi exonerada, por ter ordenado assistência médica a Sebastião quando este antigo gestor teve crise de retenção urinaria.


O antigo director do INEA, e outros responsáveis da instituição que estão em liberdade como arguidos, foram implicados com base no conteúdo de um relatório da Inspecção-Geral das Actividades do Estado (IGAE), levado a cabo em 2009, com referência a factos ocorridos entre 2007 e 2009. Esses factos são o eventual desvio de um bilião de kwanzas (ao câmbio da altura, dez milhões de dólares) dos cofres do Estado, a sobrefacturação habitual de trabalhos, contratos duplicados para o mesmo fim e o mesmo período com empresas diferentes, contratos de guarnição com empresas de segurança para residências estranhas ao INEA. O relatório apurou estas ocorrências, e assim Joaquim Sebastião (detido) e outros (sob termo de identidade) foram constituídos arguidos a 25 de Janeiro de 2019.