Lisboa – O Presidente do Tribunal Supremo, Rui Constantino da Cruz Ferreira abriu recentemente uma queixa contra o empresário angolano Francisco Dias dos Santos “Kito dos Santos”, a quem acusa de crime de calunia e difamação, feitas em recentes pronunciamentos á órgãos de comunicação social.

Fonte: Club-k.net

“Kito” dos Santos é o fundador do grupo Arosfran que partilhava com sócios libaneses implicados pelo FBI de ter financiado a rede terrorista do Hezbollah. Rui Ferreira, foi no passado o advogado deste grupo empresarial.

 

Em entrevista, a vários órgãos de comunicação social, em Angola, “Kito” acusou Rui Ferreira, ter usado a sua condição de advogado do grupo empresarial para se apropriar do património da Arosfran, quando em 2011, o governo de Angola expulsou do país, os sócios libaneses indicados pelas autoridades americanas.

 

“É de uma monstruosa falta de lisura e de desrespeito pela lei angolana o papel de Rui Ferreira na venda de uma empresa cujos donos o haviam contratado, mas não foram tidos nem achados no negócio de venda da sua própria empresa. O jurisconsulto não podia ignorar que, ao dar o seu aval ou ao imiscuir-se na venda da Arosfran, sem o consentimento dos seus legítimos accionistas, teria participado na venda de um bem alheio, na consagração de um roubo.”, escreveram os irmãos Dias dos Santos, em carta publicada pelo Maka Angola.

 

Os dois empresários revelam, na mesma carta que “Sabemos hoje, e temos documentos comprovativos, que parte do dinheiro das vendas da Arosfran, detida pelos signatários, bem como da Afribelg e Golfrate, grupos detidos por Kassim Tajideen, teriam circulado pelas contas da empresa ALLCOMERCE, controlada pelo filho do juiz Rui Ferreira.”

 

Na procura de desfecho para este assunto, “Kito” dos Santos recorreu a justiça, em 2018, porém, seria no presente ano que expôs o assunto, por via da comunicação - cujos pronunciamento encorajou Rui Ferreira, a exigir reparos. As partes observam agora, um período de hostilização mútua que deram lugar a intimidações judiciais.

 

No processo em causa, Kito Santos citou também como testemunha, o jurista Carlos Feijó, por ter sido a entidade que o comunicou que o grupo empresa Arosfran estava indiciado pelas autoridades americanas como financiadora do terrorismo.

 

Muito recentemente, Feijó esteve no 5o andar do palácio da justiça, onde esta Procuradoria Geral da República levando consigo documentos relacionados as acusações internacionais levantadas pelos americanos a volta do grupo Arosfran.