Lisboa – Os acionistas da empresa AGALIMENTOS, endereçaram uma missiva a 30 de Junho de 2019, ao PCA, Sidney Carlos Manita Ferreira, o filho do Juiz Rui Ferreira, a exigir que sejam “liquidados os dividendos que no decurso da sua gestão, se esqueceu de pagar até ao dia 10 de Julho, altura em que ponderamos sobre a necessidade ou não de convocar uma assembleia geral de acionistas.”
Fonte: Club-k.net
A AGALIMENTOS foi criada a 10 de Junho de 2011. No momento da sua constituição Sidney Carlos Manita Ferreira, na altura com 23 anos, foi colocado como PCA. Como administradores foram escolhidos, o angolano Luciano Chiquinho e o libanês Hussein Mehanna, este último exercendo as funções de director geral. O Presidente da Mesa de Assembleia é Tiago Tumba.
De acordo com documentos em posse do Club-K, a AGALIMENTOS foi constituída 14 dias depois de o juiz Rui Constantino Ferreira ter 'facilitado' a venda por 327 milhões de dólares do património do extinto grupo Arosfran das mãos do empresário libanês Kassin Tajedeen, que estava a ser acusado - pelos americanos - de usar as suas empresas angolanas para, financiar o terrorismo.
Com a extinção da Arosfran, foram constituídas, neste período, várias empresas de abastecimento de alimentos que ficaram em nome de Sidney Carlos Manita Ferreira e do jovem libanês Mohammed Tajedeen (filho de Kassin Tajedeen, o antigo dono da Arosfran).
Dos milhões de dólares disponibilizados pelo Estado para a compra da Arosfran, o portal “Maka Angola” revela que Kassin Tajedeen recebeu apenas 100 milhões, quando foi expulso de Angola. Quanto a outra parte dos fundos, este portal estima que ‘voou’ das mãos dos colaboradores do antigo Presidente José Eduardo dos Santos.