Lisboa  – O antigo Director do INEA, Joaquim Sebastião, preso há quase 6 meses, na cadeia de São Paulo, foi nesta segunda-feira (22), levado com urgência para um hospital, por causa de uma inflamação na proposta que lhe terá causado incomodo. Após ter submetido a exames médicos foi declarado  num quadro clínico que inspira  cuidados sem poder receber visitas. "O estado dele de saúde não lhe permite receber visitas, está contundido com muitas dores", revelaram fontes hospitalares,  em Luanda. 

Fonte: Club-k.net


De acordo com registros, está é a segunda vez em menos de duas semanas que  este membro do regime do MPLA,  é levado com urgência a um hospital, devido a problemas da próstata.

 

Em finais do ano passado, Joaquim Sebastião esteve prestes a ser operado no Brasil, porém devido a quadra festiva, que se aproximava, a operação foi remarcada para Janeiro passado. Porém, quando se preparava para regressar em terras brasileiras, para ser operado, as autoridades angolanas o detiveram devido a sua gestão enquanto gestor do INEA, há 10 anos.


Sebastião, e outros altos responsáveis do INE, foram indiciados com base no conteúdo de um relatório da Inspecção-Geral das Actividades do Estado (IGAE), levado a cabo em 2009, com referência a factos ocorridos entre 2007 e 2009. Esses factos são o eventual desvio de um bilião de kwanzas (ao câmbio da altura, dez milhões de dólares) dos cofres do Estado, a sobrefacturação habitual de trabalhos, contratos duplicados para o mesmo fim e o mesmo período com empresas diferentes, contratos de guarnição com empresas de segurança para residências estranhas ao INEA.


No processo em causa, Joaquim Sebastião, é o único gestor do INEA que se encontra preso estando os seus demais colegas a responder em liberdade sob termo de identidade e residência.


Apesar de negar ter cometido tal ação ou outro crime semelhante, Joaquim Sebastião, é dado como tendo se manifestado a mais de 4 meses atrás, interesse em liquidar o valor supostamente defraudado ao Estado, citado no relatório da Inspeção Geral do Estado. A Procuradoria da República,  por sua vez, ainda não indicou caminhos viáveis no sentido de se a colmatar tal situação.


A semana passada foi revelado na Radio MFM, em Luanda, que o mesmo detinha mais de 20 apartamentos e que resolveu também entregar ao Estado. Aos microfones da MFM foi revelado a PGR exige do mesmo que apresente um suposto avião que se diz ter.

 

No pondo de vista de familiares ouvidos pela radio, “o ministério público, dá a entender que o que se pretende é castigar Joaquim Sebastião, sem qualquer interesse pela sua vida, saúde, tampouco a sua dignidade, numa autêntica e desmedida ambição e má fé”.