Lisboa - Miguel da Costa, está a ser apontado como próximo Embaixador de Angola na República do Congo Democrática, em substituição do brigadeiro José João Manuel “Jota” que, entretanto, deixa prematuramente a capital Kinshasa por alegadas razões de saúde.

Fonte: Club-k.net

O processo de nomeação de Costa, tem sido beliscado com um processo remetido a Procuradoria Geral da República sobre actos atribuídos a sua gestão, ao tempo em que exerceu as funções de embaixador de Angola em Paris.


Miguel da Costa foi durante 8 anos  embaixador angolano na capital francesa. Antes esteva colocado  como cônsul-geral na cidade de Toulouse, ao tempo em que o actual assessor diplomático do PR, Victor Manuel Rita da Fonseca Lima era o representante do Estado angolano em paris. Na altura, a relação entre ambos eram dadas como azedas sendo que Miguel Costa não compareceu na tradicional cerimonia de despedida de Lima, em Fevereiro de 2009.


Oriundo do aparelho da segurança, Miguel Costa fora também a entidade que a dada altura as autoridades por indicação de Fernando Garcia Miala, escolheram para líder a TAAG. No exercício da função de DG da companhia de bandeira nacional coube-lhe negociar com a Singapore Airlines a aquisição do primeiro Boeing 747-300 (Combi), baptizado com o nome de Cidade do Kuíto. O aparelho tinha então onze anos de vida. Circularam então rumores comprometedores para o próprio e outros acerca do pagamento de comissões. Mas outras versões negavam isso e apontam-no como um indivíduo íntegro.


A função seguinte, de cônsul-geral em Toulouse, foi mais discreta. Aí adquiriu currículo, experiência e conhecimentos que em teoria justificavam a sua ascensão como embaixador em Paris. O tempo em Toulouse foi aproveitado para frequentar um curso de Ciências Políticas, que lhe conferiu, ao fim de quatro anos, o grau de mestre.


Em Dezembro de 2017, ensaiou-se com o livro “Franca/Angola, Uma Diplomacia Dinâmica”, reunindo uma análise científica dos aspectos mais importantes das relações entre os dois países.