Luanda - O embaixador de Angola na China, João Salvador dos Santos, disse esperar, em entrevista ao diário China Daily, receber mais investidores chineses no País.

Fonte: Angop

“As empresas chinesas estão a dar grandes contribuições para Angola, ajudando a reconstruir sua infra-estrutura devastada pela guerra civil do passado. Entre eles estão estradas, hospitais, escolas e outros ”, disse João Salvador dos Santos.

 

O diplomata angolano apontou como exemplo a empresa chinesa Tiesiju Civil Engineering Group (CTCE), que exerce actividade em Angola há 11 anos, tendo na capital do país Luanda a maior unidade com cerca de 800 funcionários, dos quais 60% são angolanos.

 

As empresas chinesas e investidores privados estão engajados em projectos industriais, ajudando a promover o desenvolvimento económico e social de Angola, ao mesmo tempo estimular empregos no país, disse o embaixador.

 

Sublinhou que Angola é o segundo maior parceiro comercial da China em África, um país com um clima ameno, solos férteis, rica flora e fauna também tornam o país rico em recursos agrícolas, observou o embaixador, e esta é uma área que os investidores chineses podem explorar.

 

Desde o estabelecimento de laços diplomáticos entre os dois países em 1983, centenas de empresas chinesas têm feito negócios em Angola.

 

Disse esperar também que os chineses possam investir no sector pesqueiro, tendo em conta as potencialidades existentes no domínio, com uma faixa costeira de mil e 650 quilómetros, tem produtos aquáticos únicos e diversificados, peixes, moluscos e mariscos.

 

O embaixador recordou em Outubro de 2018, o Presidente João Lourenço, fez uma visita de Estado à China, reunindo-se com os principais líderes chinês e testemunhou a assinatura de dois acordos que promovem o comércio bilateral e o progresso mútuo, disse o embaixador.

 

Referiu que a maioria dos projectos envolvendo investidores chineses começou há anos, mas a iniciativa "Rota da Seda" está ajudar a inspirar as negociações, por isso muitos projectos estão a ser negociados.

 

Lembrou que Angola está a diversificar sua economia, fora do sector petrolífero e diamantífero, e aqui há uma janela de oportunidade para os investidores chineses interessados em fazer negócios na construção de caminhos-de-ferro, estradas, aeroportos, entre outros.

 

Durante a primeira Expo Económica e Comercial China-Africa, realizada entre 26 e 29 de Junho em Changsha, capital da província de Hunan, na China Central, mais de 60 empresas angolanas estiveram representadas na feira.

 

Em 2018, as trocas comerciais entre os dois países atingiram USD 28,05 mil milhões, com as exportações da China a Angola atingindo USD 2,2 mil milhões e as importações de Angola à China subindo para USD 25,799 mil milhões, um aumento anual de 26,76%.