Lisboa - O Consulado Geral de Angola em Lisboa está a volta de uma inquietação, na sequencia do “paradeiro” de 110 mil euros sem que os diplomatas conheçam com exatidão o destino a que foi dado.

Fonte: Club-k.net

De acordo com fontes diplomáticas, tudo aconteceu, quando recentemente aquela missão consular recebeu o secretário-geral do Ministério das Relações Exteriores, Agostinho de Carvalho dos Santos Van-Dúnem (na foto ao centro), para uma alegada visita de “inspeção”.


Agostinho Van-Dúnem “Gúgú” é citado como tendo, depois do fim da missão, se reunido com o financeiro consular, Wilson Muquixi nas instalações do Consulado de quem recebeu em “cash”, a quantia de 110 mil euros.


Em meios diplomáticos, com apurado sentido critico,  tem questionado, não só do destino dado aos valores, mas como se vai justificar nas suas contas, quando ocorrer  uma inspeção do Estado. Outras fontes justificam que, por escassez de verbas no ministério, a quantia em causa, serviu para  "pagamentos por se fazer"  com os  gastos que tiveram, em Junho passado,  com a realização do VIII Conselho Consultivo do MIREX.

 

Wilson Muquixi, o adido financeiro, é dado como experimentado em operações desta natureza, desde o tempo em que exerceu funções semelhantes no consulado do Rio de Janeiro. A data da sua transferência para Lisboa, encontrava-se  como cadastrado por causa de  esquema de descaminho de 4 milhões de dólares em que era visado o antigo cônsul-geral no Rio de Janeiro, Rosário de Ceita.


As embaixadas angolanas são geralmente citadas como tendo problemas de tesouraria ou descaminho de fundos. Recentemente o general Alberto Correia Neto, viu cancelado a proposta que tinha para sair como embaixador em Maputo, devido ao descaminho de 200 mil dólares da embaixada em Berlin, de onde foi o chefe de missão.

Já numa ação contraria, o Presidente João Lourenço, nomeou recentemente Miguel da Costa como embaixador de Angola em Kinshasa. À Miguel da  Costa pesa um processo na PGR pelo destino desconhecido que deu a quantia de milhão de euros de uma das contas da embaixada de Angola, em Paris. 

Conta-se que a quando a passagem de pasta, o embaixador cessante não declarou uma conta bancaria da embaixada que alocava a quantia citada. Manuel Augusto ao tomar nota do assunto, com receio que o problema sobrasse para si, reencaminhou a denuncia ao Presidente João Lourenço. Este por sua vez, nomeou Costa para um novo cargo.