Lisboa – A Unidade de Protecção de Individualidades Protocolares (UPIP), afectos ao Comando Geral da Polícia Nacional, reduziu de 30 para 24 o numero de efectivos que o antigo Procurador-Geral da República, general João Maria Moreira de Sousa tinha a sua disposição desde que saiu do poder. Os guardas estavam divididos entre as diversas residências que o general tem em Luanda. As autoridades atribuem o corte, a motivos de tesouraria.

Fonte: Club-k.net

Depois do Presidente João Lourenço, e do seu antecessor, Eduardo dos Santos,  o general João Maria Moreira de Sousa é o elemento do regime com mais guardas a sua disposição, um cenário que contradiz ao general Manuel Vieira Dias “Kopelipa”, que pelo numero de problemas que tem, chega a ter dois guardas e as vezes desloca-se sem eles.


Semanas depois de JES, deixar o poder havia, o pedido de se constituir uma empresa de segurança privada para alegadamente incorporar 2000 homens oriundos da UGP para integrar a escolta pessoal do ex-Chefe de Estado. O novo chefe da Casa de Segurança, general Pedro Sebastião, considerou o pedido eivado de exagero e abriu mãos para “apenas” 200 homens.


Em Outubro de 2018, uma das residências do ex-PGR, situada no bairro Maculusso, em Luanda, foi assaltada duas vezes , por indivíduos desconhecidos, tendo na troca de tiros entre os seguranças do magistrado e os assaltantes resultado no ferimento de um dos meliantes.


Do assalto à residência, os meliantes levaram computadores, Ipods e uma carteira que continha documentos e cartões multicaixa. A residência não apresentava sinais de arrombamento pelo que levantou-se suspeitas de haver envolvimento do corpo de guarda em serviço, composto por seis elementos da UPIP. O ex-PGR estava ausente do país.


O general João Maria de Sousa, dirigiu durante 10 anos a PGR, num período em que se registrou frequentes casos de impunidade – a volta dos escândalos de corrupção - contribuindo o atraso do desenvolvimento do país. Antes ocupou o cargo de procurador militar tendo se destacado na manipulação do processo contra o general Fernando Garcia Miala. Em 2015, notabilizou-se na manipulação de um falso golpe de Estado que resultou na detenção e tortura psicológica dos ativistas conhecidos como o “caso 15 + 2”.


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