Luanda - Um cidadão de nacionalidade libanesa, Ahmed Kushmar apoiado pelo amigo angolano, Miguel Francisco Ribeiro Mateus, está a ser acusado de ter falsificado no ano de 2017, a assinatura do dono da Fabrica de Plástico RIUSOL, SA situado na zona Económica Especial, onde eles trabalhavam e se apoderaram do investimento alheio. O caso resultou no processo Nº20/19 que tramita na 4ª secção da sala Administrativa do Tribunal Provincial de Luanda tendo como juiz da causa, a magistrada Ana Carina.

Fonte: Club-k.net

A Fabrica de Plástico RIUSOL, SA que alberga 200 funcionários, tinha um contrato com a direção da Zona Económica Especial (ZEE). Os dois funcionários aproveitaram-se da ausência do proprietário da fabrica, Rui Emídio Manuel que se encontrava, durante seis meses, no exterior do Pais, produziram um documento com a assinatura falsificada daquele, e fizeram chegar uma carta a direção da Zona Económica Especial (ZEE) dizendo que passaram a titularidades do acordo com a RIUSOL para outra empresa denominada Maximus LDA pertencente ao co-arguido Miguel Mateus.

 

Para alem da usurpação do contrato, o cidadão libanês Ahmed Kushmar defraudou também financeiramente a fabrica RIUSOL.

 

Ao regressar do exterior do país, Rui Emídio Manuel confrontou-se com o golpe protagonizado pelos seus funcionários e levou o assunto a Procuradoria junto ao SIC, onde foi instaurado um processo, pelos crimes de “Abuso de confiança, Fuga ao fisco, falsificação de assinatura, uso de documentos falsos, apropriação indevida de bem alheio”.

 

As autoridades, por sua vez, entenderam constituir Rui Emídio Manuel como fiel depositário e verdadeiro dono do património, uma vez que a Direção da Zona Economico Especial-ZEE, cooperou com as autoridades ao ser alertada da burla.

 

Não obstante as autoridades terem feito a restituição da fábrica de Plástico RIUSOL ao seu fiel proprietário, o mesmo tem denotado alguma frieza por partes das autoridades, pois até ao momento não fizeram a apreensão dos elementos.

 

Esta posição é partilhada por outras fontes que acompanham o processo, que têm também notado inércia da parte das autoridades em resolver na plenitude o assunto e posterior detenção dos mesmos.

 

O Club-K teve acesso a vários documentos que comprovam muitas das irregularidades quer seja a nível dos documentos que tiveram na base da emissão do Cartão de residente de Ahmed Kushmar emitido em janeiro de 2019 como funcionário da empresa MAXIMUS LDA bem como declarações de serviço e passes falsos. “Não se compreende como é que um estrangeiro funcionário da empresa RIUSOL S.A aparece com um visto de outra empresa”, refere uma fonte próxima ao assunto.


Advogado suspeito de cumplicidade

Segundo explicações, “os mafiosos têm ludibriado os órgãos de justiça com a audácia de alterarem Despachos emanados por Juízes para suporte daquilo que são as suas pretensões maléficas de defraudar o património de um cidadão angolano”. Os mesmos conta para a sua defesa, o advogado João André Pedro.

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