Luanda - Um novo vento de mudança (Wind of Change) está soprando de novo em todo o continente africano, não para libertar-se dos tentáculos do colonialismo europeu como no início dos anos sessenta, mas parar a ditadura de seus próprios filhos que, em primeiro lugar, lutaram por sua independência.

Fonte: Club-k.net

Uma vez no poder, os chamados libertadores ou aqueles que deveriam perpetuar a árvore da libertação com a distribuição da riqueza uniformizada, perceberam de repente que estavam sentados nos tronos mais doces que o mel. Então eles se enriqueceram, acumulando inacreditáveis fortunas para si mesmas, suas famílias e seus clãs da rede política, deixando a maioria em extrema pobreza entre a vida e a morte. Os estilos de vida europeus que antes desprezavam tornaram-se um modo de vida distinto. Castelos foram comprados e construídos além do mar, os filhos foram oferecidos a melhor educação em primeiras universidades do mundo e os doentes procuraram tratamento médico em hospitais no exterior. Até mesmo o modo de falar e pronunciar palavras foram imitados dos brancos colonizadores. Esse chamado estilo de vida civilizado também foi importado para o continente africano; carros luxuosos com vidros fumados dirigidos em ruas cheias de buracos e pedestres famintos. Uma lacuna surgiu entre dos que têm e não têm.

 

Angola é considerada uns dos países mais ricos de África, dotada de uma riqueza inacreditável, desde petróleo, diamantes, ouro, cobre, apenas para mencionar alguns, por um lado, terras férteis e reservas de água em abundancia para apoiar qualquer tipo de desenvolvimento agrícola, um ambiente admirável para impulsionar a indústria turística.


Depois da independência, a estrutura econômica portuguesa desenvolvida por mais de quinhentos anos de colonialismo estava intacta. Um sistema baseado em princípios de economia do mercado, que meramente exigia reestruturação e continuação. Na altura, Angola era um exportador de café, arroz, sal com várias reservas ecológicas. A sua economia sustentava mercados globais, fazendo de Portugal um parceiro potencial no mundo ocidental.


Infelizmente, assim como a maioria dos países africanos libertados no cativo do colonialismo e no cruzamento da guerra fria, as ideologias estranham às nossas culturas e tradições foram introduzidas. Os pensamentos de Karl Marx, Engels e Lênin foram adotados como melhor sistemas de desenvolver nossas economias e políticas, ignorado a economia do mercado como desumano e exploração do homem por homem. Empreendedorismo de iniciativa individual foi classificado como burguesia e terminou numa guerra sangrenta com a destruição total Do desenvolvimento sustentável nacional.


A atmosfera de paz que mais tarde surgiu seria aproveitada para a glória perdida, mas a vitória alcançada foi confundida como uma plataforma de se premiar a si mesmos com erário publica a custo de maioria. Dentro de pouco espaço o país se mergulhou em extrema pobreza. A corrupção, má governação e branqueamento de capitais ficaram institucionalizados.


Na maioria dos casos, as sociedades civis se organizaram em movimentos de mudança para influenciar os políticos de oposição derrubar governos corruptos e ditadores conforme assistimos a primavera árabe. Ou mesmo que essas mudanças tornaram convulsões de constrangimentos sociais nos países como a Líbia, Sudão, Republica Centro Africano, etc.
Em África a noção de combater à corrupção sempre foi relacionada com as mudanças no poder de governação, onde a oposição ganha popularidade por prometer boa governação. Mas, estamos ver mais outro vento de mudança soprar pelo continente africano, onde o mesmo partido governante combate suas próprias tendências corruptoras para instalar o estado de direito depois de derrubar os ditadores que se permaneceram no poder muitos anos.


Um exemplo claro é o caso de Angola. Quando o General João Lourenço venceu as eleições, os críticos, até mesmo os simpatizantes do partido no poder esperaram um presidente manipulado, dançar a musica do ex- presidente. O argumento sentava na probabilidade dele defender as tendências corruptas do passado, para ser ele oriundo da mesma linha de liderança.


Quando João Lourenço na campanha eleitoral gritava; “Melhorar o que está bem e Corrigir o que está mal”, todos acompanharam o slogan como fosse mera propaganda politico, sem desconfiar que o mesmo slogan será a espada da justiça para vos crucificar.


Hoje o combate à má governação é uma realidade, apesar de outras disciplinas de pensamento argumentado lentidão em mudanças reais. Mas, colocado no poder, João Lourenço pôs em prática a sua promessa eleitoral. Ele separou os três pilares do poder; o Executivo, Legislativo e Judiciário, lançando uma guerra feroz contra a corrupção. Os que pensavam ser intocáveis e imunes ao longo braços da lei, de repente estão a sentir ser veneráveis como qualquer cidadão.
Os chamados marimbondos viraram contra o presidente João Lourenço, ao ponto de admitirem fraude eleitoral. Custa acreditar.


Nos padrões das ciências politicas contemporâneo Africano, a emancipação do estado como soberano interno de direito, monopolizado por poderes mono partidário terminou. As forças coesivas de participação inclusivas focado nos princípios de gestão social estão dominar as decisões econômicas e politicas das comunidades. O desejo global de combater extrema pobreza como as metas do milênio não se limitam somente à classe governativa, sem a prioridade de eliminar assimetrias regionais.


Analisado a economia global, a África é motivo de vergonha, apesar a dimensão da sua riqueza. Os líderes africanos não podem andar nos corredores das organizações mundiais com cabeças erigidas. A menos que eles estejam fingindo. O continente, segundo as estatísticas econômicas, está perdendo bilhões de dólares anualmente através da lavagem de dinheiro, corrupção e má governação. Os quadros jovens Africanos preferem arriscar se cruzando os mares em barcos se segurança da vida. O índice de criminalidade em todo continente berço é inimaginável. A imigração ilegal entre os estados africanos é descontrolável. A União Africana não pode cruzar as mãos a deixa andar.

Parece com esse nobre intuição João Lourenço e outros líderes africanos se levantaram com as reformas econômicas combatendo a corrupção e a má governança sem medo ou favor. Novamente está soprar ventos de mudança no continente berço.


Angola, como outros países africanos, quer um desenvolvimento econômico real onde o seu povo se cinta dignificado com distribuição do erário publico uniformizado.


Ao Presidente João Lourenço e outros estadistas Africanos nas trincheiras de combater a corrupção levantamos os nossos chapéus, mas, para aqueles que os condenam; consideramos, “Kicks of a dying horse”, um cavalo maribondo.

Keneth Nzimbo Kapata
Economista