Luanda - A costura do tecido político, social e económico, continua no descontrolo in (desejado) do aparelho do Estado. Vemos um definhamento propositado e desproporcionalizado das populações. Vida venenosa e triste realidade.

Fonte: Club-k.net

O dito pelo não dito de Manuel Tavares de Almeida, ministro da Construção e Obras Públicas, durante sua curta estada na cidade das Acácias Rubras – Benguela, sobre alegada prossecução pelo governo, na construção do bairro dos ministérios ou dos ministros, revelou falta de coerência e de responsabilidade político-governativa dada por João Lourenço. Em governos sérios Manuel Tavares devia ser demitido, porque, pelo cargo que ostenta, os angolanos não precisam de figuras que atrapalhem as atenções sócias. João Lourenço precisa de despir-se destas pessoas, tudo porque o existem prioridades para o país, se determinar e avançar.

A miséria graça o país


Por causa da miséria que graça o país, o extremo sofrimento das populações de Luanda e o interior, o cúmulo de traumas de intimidações e repressões, com rostos de pena e nada, o tom de reserva da raiva social, parecem caminhar para o fim. Há claros sinais de alertas, que vêm da sociedade e não só, para que ainda fosse resgatada a dignidade da pessoa humana. São rumores e temores que, invadiram o dia a dia de pessoas que se sentem desprezadas. É verdade! O rosto de Angola depende das boas praticas da nossa alta magistratura política.

Temos receios


Muitas viagens para o exterior do país, na busca de investimentos para o crescimento e seu consequente desenvolvimento, já foram feitas por João Lourenço. Ainda nada e, absolutamente, nada está, a se reflectir no dia-a-dia das populações locais. Interessam-nos muito as populações, por serem a razão do Estado angolano. Temos receios de que a dívida externa angolana continue a subir, sem que a vida das comunidades locais mudasse de facto.


Temos receios que o assustador número de exército de desempregados técnicos médios e licenciados, se propague e caminhe para um descontrolo social. Vemos partidos políticos, igrejas nas suas homilias, autoridades tradicionais nos seus cultos, comentarias em cadeias televisivas, na estações de rádios e cronistas, advertindo os representantes da administração do Estado (o Executivo), no sentido de se minimizar o clamor populacional e arvorar o bem estar.


O partido que governa, garantiu 500 mil empregos em 2017. E vemos nós o primeiro mandato de João Lourenço, a querer despedir-se com viagens externas e exonerações no seu pelouro político. A esperança de vida das populações mais carenciadas, está cada vez mais no fundo do túnel. As viagens externas não reflectem o interior das comunidades, mais sim para o bairro dos ministérios. O presidente não conhece em perfeitas condições, o interior do país e se for a uma localidade, é com fortes dispositivos de segurança e afugentam-se assim as populações.


É imperioso que, se privatizem determinadas empresas públicas, que se busquem investidores para o país, se diversifique a economia nacional. Mas que, organizemos primeiro as nossas cidades, vilas, comunas e aldeias, com uma rede nacional de estradas bem feita, pois que nestas se faz a vida, reduzindo o ezodo rural nos grandes centros urbanos. Os 500 mil empregos, deviam ser a prioridade da governação de João Lourenço.


O povo cobra e ao pobre não se promete. Com 60 ou mais porcento de uma juventude emprega e com salários dignos, garantia de habitação e educação com qualidade, teríamos uma construção do bairro dos ministérios e privatizaríamos com normalidades as empresas públicas, viajar-se-ía sem qualquer repulsa popular.


É um imperativo que um governante deve saber das suas populações, para não falarem asneiras no exterior do país. Nós enquanto cidadãos defendemos que, os nossos governantes conheçam o país e suas realidades.

Privatizações um risco muito sério

A criminalidade de Luanda e outras cidades, são claros sinais do alto nível desemprego, causada pela ignorância dos nossos governantes. As privatizações vão meter em risco, milhares de empregados e pode colocar em causa a situação socioeconómico do país. Haja sempre prudência e diálogo com as forças vivas da sociedade ou as demais franjas da sociedade, não há aqui qualquer baixeza.


Se por hábito, os governantes passarem a deixar Luanda e andarem um pouco pelo interior do país, com alguma frequência, fazendo surpresas aos administradores públicos locais, terão algum resultado positivo na governação. É verdade que o sector industrial no interior do país, está, totalmente, paralisado. Não falemos da Cuca, fábricas ou industrias no verdadeiro sentido da palavra. Este sector não funciona, não existe desde a era colonial.

A falta de fábricas, desemprego, da habitação, da boa saúde e educação, de boas estradas, falta de boa comunicação, a fome. A prostituição, a criminalidade, a corrupção, o compadrio, a exclusão, o rancor, o temor e outros rumores, estão a desestruturar o tecido social das famílias, e com isso a sociedade na desgraça. Neste entretanto, o país não tem ainda rumo mesmo depois das eleições de 2017.

É urgente

É de lembrar que, o investimento externo depende extremamente do interno e, é o que, os nossos dirigentes deviam ter feito. Quais os investimentos? Para os investidores e turistas, a grande atracção para eles. São as vias nacionais de acesso as comunidades locais. É urgente que o Estado intervenha seriamente nas estradas. Os investidores vão precisar de descobrir Angola, se quisermos uma Angola melhor e feliz. Senão, o investidor desaparece logo. A rede de estradas ligadas ao sistema rodoviário terciário, este que liga as aldeias e comunas, têm que estar em perfeitas condições de mobilidade, porque fazem a veia do país. Haja paciência, vontade e vocação nacional.