Luanda - As pessoas que estão hoje, porque Vera Daves daqui, Vera Daves dali, porque parabéns daqui, parabéns dali, serão as mesmas que daqui há poucos meses hão de crucificá-la.

Fonte: Club-k.net

A Vera Daves sozinha não fará nada, será só mais uma ministra das finanças de Angola. O presidente João Lourenço sozinho não pode fazer nada. É preciso mobilizarmo-nos todos e criarmos sinergias em torno de uma ideia: ANGOLA.


Temos de comprometer-nos com o país. Isso envolve em primeira instância começar a observar as boas práticas em todos os sectores. Temos que acreditar na ciência, governar com base nela. Doutra forma, muito dificilmente teremos o país que todos almejamos. Continuaremos a improvisar, a tentar sem nunca acertar, a usar o senso comum quando a ciência já tem a resposta para muitos dos nossos dramas, continuaremos fazendo a mesma coisa, mas esperando resultado diferente. Que estupidez!!!!!! Os problemas de educação, saúde, saneamento básico, má governação, corrupção, justiça, não são exclusivos do nosso país.

Se continuarmos a funcionar com base no senso comum, não chegamos lá.


O processo de tomada de decisão deve sempre ser precedido de um estudo/investigação científica, para que as decisões sejam tomadas com base naqueles dados e factos resultantes do estudo previamente efectuado. Só assim se pode garantir que se tomam decisões efectivas.


Angola não é o primeiro, nem é o único país que se debate com questões como: profissionais com falsos diplomas, profissionais mal formados e incompetentes, falta de qualidade do sistema de ensino, mau serviço médico, venda ambulante desordenada, desacato à autoridade, má actuação policial, etc, etc. Há já muitos estudos feitos nessas matérias.

É só usar as ciências camaradas Chefes. NÃO custa nada.


Muitos países do mundo já passaram pelo mesmo que nós e desenvolveram mecanismos para ultrapassar esses problemas. Não precisamos de re-inventar a roda, é só aplicar a ciência.


Se queremos resultados vantajosos para todos, precisamos de apostar em três vectores basilares:


1. Temos que ter as pessoas certas, apontadas aos cargos pelo seu valor profissional, adquirido ao longo do tempo, ou seja, tecnocratas. Entenda-se tecnocracia como: sistema proposto de governança no qual os decisores são indicados com base nos seus conhecimentos em uma determinada área de responsabilidade, particularmente no que diz respeito ao conhecimento científico ou técnico.


2. Temos que adoptar procedimentos rigorosamente observados pelos profissionais de cada área de acordo os padrões internacionais. A título de exemplo, podemos apontar a dificuldade de acesso às divisas que tanto afecta negativamente a nossa economia. Dizem os economistas, que a escassez de divisas levou ao fechamento de centenas de empresas (pequenas, médias e até grandes) e, por isso milhares angolanos estão no desemprego. “Os dólares fugiram” porque nós não cumpríamos com as regras bancárias/financeiras internacionais, por falta de compliance. Uma empresa ou um país que está em compliance, aplica e pratica as leis, regulamentos e normas; sejam elas internas ou externas.


Essa situação só se reverterá, se cumprirmos com as normas das instituições que regulam o sistema financeiro internacional. Dirigir uma equipa de futebol é coisa séria, fazer banca é coisa muito séria, gerir universidade é coisa super séria. É coisa para profissionais, experts, tecnocratas. Comparativamente aos outros sectores, a banca em Angola é dos que está melhor servido em termos de recursos humanos e condições de trabalho (seja pelas instalações infraestruturais como pela tecnologia máquinas e equipamentos informáticos. Por isso, pensamos que existem condições para que se cumpram com as boas práticas e se mitiguem as fragilidades financeiras que o país atravessa! O que deve deixar de existir são os atropelos aos procedimentos.


3. Precisamos também de plataformas que permitam que o trabalho se faça (sejam plataformas infraestruturais, informáticas, como ambientais ou seja, acções que simplifiquem e optimizem aqueles procedimentos.


Se a nossa digníssima ministra das finanças, Dra Vera Esperança dos Santos Daves conseguir implementar as boas práticas para que mitiguem as fragilidades financeiras que o país atravessa, aí sim, ela estará a prestar um óptimo serviço à esse país!


Se o nosso querido presidente João Lourenço, ou JLo como é carinhosamente tratado nas redes sociais, conseguir conjugar aqueles três factores apontados acima, ou seja, a colocação das pessoas certas nos lugares certos, a adopção de procedimentos rigorosamente observados pelos profissionais noutras partes do mundo e a implementação de plataformas infraestruturais, informáticas e ambientais que simplifiquem e optimizem esses procedimentos ou boas práticas, aí sim, estará a prestar um excelente trabalho à Angola de todos nós.


O que deve deixar de existir nesse país são os atropelos aos procedimentos. Chega!!