Prezados militantes,
Amigos e simpatizantes da UNITA.
Representantes dos órgãos de comunicação social
Caros convidados
Amigas e amigos

Estamos aqui para o lançamento da nossa campanha depois de termos seguido todos os procedimentos legais, definidos pelos documentos reitores do XIII Congresso, alicerçados nos Estatutos do Partido e na lei.

Queremos agradecer a vossa presença nesta cerimónia de abertura que é também uma festa da nossa democracia interna. Agradeço também a presença de representantes de outras candidaturas que se dignaram estar connosco nesta cerimónia.

Com o início da nossa campanha, que se realiza sob o lema “ Unidade, Integridade, Acção para a Vitoria”, reiteramos o nosso apelo a todos os militantes da UNITA, espalhados em todo o território nacional para que se juntem a nós, nesta marcha para liderança da UNITA.

Interessa, realçar que por ter sido abordado por várias pessoas, entre quadros e militantes do Partido em geral, e depois de uma reflexão profunda, decidi candidatar-me ao cargo de Presidente da UNITA.

Senhoras e senhores
Amigas e amigos

A nossa candidatura representa um exercício de militância para reafirmar a matriz ideológica da UNITA, alicerçada nos princípios constitutivos da organização, fundada na província do Moxico, na localidade de Muangai, a 13 de Março de 1966. Estes ideais são a força motora que nos faz andar e são os seguintes:

1- Liberdade e independência total para os Homens e para a Pátria Mãe.

2- Democracia assegurada pelo voto do povo através de vários partidos políticos.

3- Soberania expressa e impregnada na vontade do povo de ter amigos e aliados, primando sempre
os interesses dos angolanos.

4- Igualdade de todos angolanos na pátria do seu nascimento.

5- Na busca de soluções económicas, priorizar o campo para beneficiar a cidade.

Nestes termos, a nossa candidatura, representa a preservação da memória heróica do saudoso Guia e Mestre, Dr. Jonas Malheiro Savimbi, timoneiro da nossa revolução democrática. A nossa candidatura visa não só eternizar a memória e o pensamento do Doutor Savimbi, mas também valorizar o legado do Presidente Samakuva, reconhecendo igualmente o papel desempenhado pelo General Lukamba Paulo Gato que logo após a morte em combate do Presidente Fundador, em fevereiro de 2002, dirigiu o Partido, criando a Comissão de Gestão, até a realização do 9 Congresso.


A nossa candidatura visa igualmente aprofundar a democracia interna e o reforço da coesão no seio da organização, na base dos princípios e dos valores estabelecidos no congresso constitutivo da UNITA, enquanto factores essenciais que contribuem para a construção de um Estado Democrático de Direito, em que a alternância deve ser um dos pressupostos da democracia real e efectiva.


Ao alicerçar-se na democracia assegurada pelo voto do povo, através de vários partidos políticos, a UNITA tem consolidado a sua democracia interna, em que o seu Presidente é eleito dentre várias candidaturas, por voto directo e secreto de todos os delegados ao Congresso. Esta prática contribui a fortificação do Partido e, por conseguinte, para a democratização efectiva do País.


A nossa candidatura surge, assim, para dar um contributo que alavanque, as conquistas democráticas alcançadas pela UNITA com vista ao exercício do poder político democrático. A vontade de mudança no nosso país tornou-se hoje mais forte do que nunca e não é apenas sentida pelos militantes, simpatizantes e amigos da UNITA, mas por todos os angolanos, ao constatar-se o aumento da base social de apoio à UNITA.

Senhoras e senhores

A nossa candidatura visa reafirmar o papel da UNITA como vanguarda democrática dos angolanos para se operar a mudança no país, com quadros patriotas, cuja têmpera alcançou-se ao longo dos anos, compenetrados com a causa, por sentirem amor a pátria e a necessidade de tirar os angolanos da pobreza e promover o desenvolvimento do país.

A nossa candidatura representa o ressurgimento da esperança do homem angolano e tem a responsabilidade moral, de tornar a UNITA num Partido político dinâmico, congregador de todas as vontades, focado na vitória das próximas eleições autárquicas em 2020 e gerais em 2022.


A nossa candidatura representa a valorização da mulher, promovendo a sua participação no seio da sociedade, dotando-a de meios a altura dos desafios e do tipo de luta a travar. Vai igualmente priorizar a juventude no entrosamento com os demais extractos da sociedade, transmitindo com clareza a mensagem da UNITA. Por isso, potenciaremos a JURA para que na articulação com as demais organizações juvenis encontre caminhos conducentes para exigir a quem de direito a aprovação da Lei de Base sobre a Politica Juvenil do Estado.

A nossa candidatura acolhera todos os pontos de vista, aglutinando-os para o nosso empreendimento colectivo, respeitando as normas de funcionamento do nosso Partido, com vista a salvaguardar a coesão e unidade interna tornando perene a nossa acção no tempo e no espaço.


A nossa candidatura prestará especial atenção aos Mais Velhos, Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria e não só, pois constituem a nossa reserva moral, buscando deles a experiência acumulada nas diversas etapas de luta que nos servem de referência nesta nova dinâmica para vitória da UNITA. De igual modo, uma atenção especial aos ex-militares, abandonados a sua sorte pelo Governo Angolano, num país sem guerra há 17 anos.


A nossa candidatura propõe-se a um entrosamento maior de ideias e de acção com toda a sociedade, cooptará os melhores talentos, ouvindo todos os conselhos que nos permitirão seguir por perto as ansiedades e expectativas da sociedade, com vista a protagonizar a almejada alternância do poder.


Senhoras e senhores


Aprofundar a democracia interna é um objectivo estratégico da nossa candidatura, por esta razão, entendemos que a coesão é um dos pilares mais importante para a construção da unidade no seio da organização. Desde o nono congresso, a UNITA fez a aposta consciente de aprofundar a democracia interna, introduzindo também o principio de candidaturas múltiplas para a sua liderança. Com este passo, prestamos um contributo considerável ao processo democrático nacional porque acreditamos que só um partido que se governa por princípios democráticos pode realizar mudanças verdadeiramente democráticas no país.

Aprendemos na nossa escola que “a contradição é a razão da vida”. Assim, a democracia interna permite que as contradições inerentes ao nosso fenómeno UNITA, encontrem um espaço positivo de luta e dinamizem o seu movimento.


Neste contexto, a diferença de opiniões no nosso seio é salutar desde que tenhamos o cuidado e a altura de encontrar soluções e evitar que se tornem antagónicas.


Deixo pois, um apelo a todos no sentido de passarmos a ver os nossos adversários internos como concorrentes da causa comum e não como nossos inimigos. Terminado o Congresso, temos a obrigação de unir esforços, congregar energias, reconciliar e mobilizar todos os militantes para a luta nacional, na busca da concretização do nosso objectivo estratégico que é a tomada do poder político pela via democrática e lançarmos as base do se do desenvolvimento socio económico do país. Todos nós, somos poucos para este gigantesco esforço.


O país atravessa uma situação difícil, criada pelas sucessivas fraudes eleitorais, má gestão e desvios do erário público, corrupção institucionalizada, pobreza extrema, gritante situação de injustiça social e insatisfação das necessidades básicas da maioria da população, falta de oportunidades iguais, económicas e culturais aos diversos grupos sociais, uma realidade que impede e dificulta a participação da maioria dos angolanos na discussão e no controlo das decisões que interessam às comunidades.

Perante esta situação, e diante dos obstáculos à mudança, praticados pelo partido que governa, que não é representativo dos interesses da maioria e nem sequer actua frontalmente na resolução dos problemas que diz equacionar, como é o caso da seca no sul de angola, para citar apenas este exemplo, não tivemos outra opção a não ser de apresentar esta candidatura que procura, contribuir para a criação e concretização de um novo projecto de sociedade sobre Angola, cujas fontes são, obviamente, os fundamentos sociais e políticos lançados em Muangai.

Queremos continuar a ser um factor incontornável para a verdadeira reconciliação nacional e a construção de uma Angola plural e de progressos sócio-económico. A reforma do estado para torna-lo cada vez menos partidário e de mais cidadania, é um desafio que se nos coloca e para o qual daremos uma especial atenção.


ESTOU AQUI ao dispor e pronto a servir o Partido, Angola e os angolanos; Pronto a correr riscos de toda especie em vosso nome e em nome da nossa Pátria comum, mesmo se para aceitar o maior sacrifício como os grandes da história seguindo seus Exemplos patrióticos.


Conto convosco

Muito obrigado.
Alcides Sakala