Lisboa - O Tribunal de Contas de Angola notificou recentemente o antigo Director-Geral do Jornal de Angola, Antônio José Ribeiro para prestação de esclarecimentos. O ex-gestor público   veem desde 2016, a ser investigado por esta instituição em que estão também arrolados outros três gestores da empresa pública nomeadamente , Eduardo João Francisco Minvu (ex-administrador administrativo e financeiro), Mateus Francisco João dos Santos Júnior (ex-responsável para a Distribuição e Circulação) e José Alberto Domingos (ex-responsável da área Comercial).

Fonte: Club-k.net

Os referidos gestores públicos estão a ser responsabilizados por gestão danosa, descaminhos de verbas, não pagamento de segurança social há vários anos, entre muitas outras acusações graves, que constam do laudo enviado pelo Tribunal de Contas para a administração da Edições Novembro (EN) responder.

 

Dos quatros gestores apenas o ex-PCA Antônio José Ribeiro, o seu antigo financeiro Eduardo João Francisco Minvu que foram apontados como os principais visados a quem o Tribunal de Contas solicita a devolução ao Estado dos prejuízos da má gestão e das verbas descaminhadas, obrigando a revisão das práticas de gestão até agora praticadas na empresa.

 

De acordo com apurações, a primeira reposição dos prejuízos e a segunda de eventual processo criminal tem como somatório o valor de 4 bilhões de kwanzas. Ao cambio da época (2013/14) são mais de 30 milhões de dólares americanos.

Resumo das acusações

De acordo com um resumo, o Tribunal de Contas verificou as seguintes irregularidades e descaminho na gestão do PCA, José Ribeiro:

- Milhões em dívidas à segurança social, além de outros tantos em outras obrigações fiscais.

- Compras sem comprovativos, pagamentos excessivos a colaboradores fantasmas. Pagamentos a prestadores de serviço que se supõe serem propriedade directa ou indirecta dos dois principais visados (negócios com empresas próprias).

- Intermediações de negócios sem necessidade apenas para encarecer os produtos e serviços.

- Ausência de concurso públicos nas compras e adjudicações de obras. As mesmas foram feitas sem consultas e parecer do Conselho de Administração da empresa.
Aquisições de papel fora do parâmetro das máquinas rotativas, obrigando a enormes desperdícios diários de toneladas de papel.

- Usurpação de competências e funções de outros administradores, ficando a empresa a ser gerida unicamente por José Ribeiro e Eduardo Minvu, o responsável pelas finanças.

- Veículos comprados pelo Jornal de Angola na Organizações Chana que não fazem parte da lista dos bens patrimoniais da empresa (camião marlife, autocarros, cisterna) no valor de U $ 2.621.000.,00

Entre as apurações do Tribunal de Contas consta também um numero elevado de casas arrendadas sem que os seus ocupantes tenham qualquer vínculo laboral com a empresa. Foi ainda verificado um numero de viagens internacionais (bilhetes de passagens comprados numa empresa DALIAS - Agência de Viagens e Turismo, Limitada) cujos beneficiários não são funcionários do Jornal de Angola.