Luanda - Um conjunto de reformas vão ser operadas no seio da UNITA, caso o candidato Raúl Manuel Danda seja eleito presidente, tendo em conta a necessidade de melhor preparar o partido para a tomada e exercício do poder político no país.

Fonte: Angop

O anúncio foi feito hoje, segunda-feira, na cidade do Huambo, pelo próprio candidato, quando apresentava aos militantes locais o seu manifesto eleitoral, antevendo a disputa da liderança da formação do “Galo Negro”.

 

Entre as principais reformas, segundo deu a conhecer, consta a redução do tamanho do comité permanente, actualmente com 51 membros, de modo a torná-lo "num verdadeiro núcleo duro” do partido, onde são tomadas decisões acertadas inerentes às questões mais estratégicas da UNITA e do país.

 

Apesar de reconhecer tratar-se de uma iniciativa que pode suscitar um certo mal-estar internamente, Raúl Danda admitiu que o actual comité permanente não tem se revelado mais eficaz na sua acção de estudar estratégias e apontar linhas de actuação, por ser numeroso na sua composição.

 

Além desta reforma, o candidato a presidente da UNITA prometeu, caso vença as eleições de Novembro, promover a abertura do partido para a cidadania, colocando-o mais próximo do cidadão e torná-lo, cada vez mais, num instrumento de luta dos angolanos para a defesa dos seus direitos.

 

Tendo em conta a responsabilidade de Estado que cabe ao partido do “Galo Negro”, Raúl Danda vai pretende executar diversas acções que permitam esta formação partidária ocupar, de forma marcante, a sua posição de parceiro privilegiado do Executivo, buscando, por via do diálogo e concertação, as vias do estabelecimento de um pacto que permita determinar limites materiais na convivência política.

 

Explicou que a aposta nas reformas internas, em que se inclui a melhoria das instalações, das condições de trabalho e remuneração dos funcionários do partido, visam, ainda, combater comportamentos desviantes que possam fragilizar política e moralmente a UNITA.

 

Embora tenha negado tribalismo dentro do partido, o actual vice-presidente disse que outra prioridade, se assumir o cargo máximo, é congregar os quadros e militantes em torno de uma direcção mais plural, que preste uma atenção especial à representatividade étnica, geográfica e racial, nos diferentes órgãos.

 

“Confesso-vos não ser o melhor entre os candidatos, mas vos asseguro que, se for eleito, farei, sempre, mais e melhor, pois nunca fui pessoa de me contentar. O nosso partido é, tal como sempre foi, a única alternativa viável para a realização de Angola e dos angolanos”, sublinhou.

 

Raúl Manuel Danda é o 4º candidato à presidência da UNITA a apresentar o seu manifesto eleitoral na província do Huambo, depois de Adalberto da Costa Júnior, no dia 21, Alcides Sakala Simões e Abílio José Kamalata Numa, ambos no dia 27. Além destes, a disputa conta ainda com Estêvão Pedro Kachiungo, que era aguardado hoje.

 

O futuro presidente da UNITA, cargo ocupado por Isaías Henriques Ngola Samakuva desde 2003, vai ser eleito durante o 13º Congresso, de 13 a 15 de Novembro, em Luanda. Para o efeito, o secretariado provincial deste partido elegeu, domingo, 91 delegados.