Luanda - 1. Qualquer disputa a sério leva, muitas vezes, ao acirrar de posições por parte dos candidatos e dos seus apoiantes;

Fonte: Facebook

2. No caso da UNITA, os candidatos, pelo menos publicamente, têm tido uma postura responsável que apela ao voto em função daquilo que acreditam e se propõem fazer para o partido;


3. Qualquer dos cinco (5), analogia aos dedos das mãos ou dos pés, ou mais poética e politicamente falando simbolizando os cinco sentidos, conhece, vê, ouve, toca e aprecia o suficiente a organização; dificilmente a desviaria da sua linha essencial, se quisermos ideológica, porque na UNITA isto é impossível. Ela tem bases muito sólidas em que o Presidente e o Vice Presidente, sejam eles quem forem, não têm a mínima hipótese de ousar tirar o Partido, fundado há 53 anos em Muangai, para Malembo, Ombaka, Mbalundu, Tchindjendje ou Katchiungo;


4. Vamos então falar de alguns pontos polémicos:
a) Tribalismo

- Com excepção de Raúl Danda (RD) que é nascido em Malembo/província Kabinda, os restantes quatro (4) são Ovimbundu, ou seja, Kamalata Numa (Kubal, Província "Ombaka"/Benguela), Alcides Sakala Simões (Mbalundu/ província Huambo), Adalberto Costa (Tchindjendje/ província Huambo) e Estevão Katchiungo (Katchiungo/ província Huambo);

- RD é provavelmente o único Angolano de Kabinda que fala fluentemente Umbundu que aprendeu na longa convivência, enquanto ex-militar das ex-FALA onde chegou ao posto militar de Coronel (Obs: Tanto as ex-FALA, ex-FAPLA e agora as FAA são maioritariamente constituídas por Ovimbundus por ser a maior tribo de Angola); uma nota especial aqui, para recordar que o legítimo Co-Fundador da UNITA, Embaixador António da Costa Fernandes ainda está em vida para outros testemunhos que se imponham;


- Estevão Katchiungo apesar de ter nascido em KATCHIUNGO é 50% Ovimbundu e 50% Kimbundu, ou seja, a mãe dele, a mais velha Rosalina Chilombo Bravo da Costa Pedro, é filha da família Pereira Bravo da Costa. Uma família de respeitados NACIONALISTAS do Ngulungu Alto ( Kwanza Norte), aliás o nome correcto de registo dele deveria ser, Estevão José Katchiungo Bravo da Costa Pedro, salvo melhor informação familiar;

- Não colhe por isso a teoria de tribalismo alimentada por muita gente por ignorância ou malvadez;

b) Racismo

- O único que é “totalmente” negro é de novo RD, porque senão vejamos;

Numa

- É neto de uma mestiça;
Estevão Katchiungo

- É filho de um mestiço e neto materno de mestiços do Kwanza Norte;
Adalberto Costa

- É mestiço por parte paterna;

Alcides Simões Sakala

- Tal como Adalberto Costa, é também mestiço;

C) Domínio das línguas maternas

- Com excepção de Adalberto Costa que não terá tido plena oportunidade de apreender sua língua materna, como aliás grande parte de cidadãos urbanos, os demais a dominam fluentemente;

- O não domínio da língua tem justificação, já que a mesma é assimilada pela prática e convivência e quem no momento da adolescência emigrou por circunstâncias e razões políticas, não pode ser criticado por nenhum membro da UNITA que queira ser honesto, coerente e de visão patriótica; Quantos angolanos nascidos em 1959 a 1974, falam e escrevem as línguas locais? Quantos tiveram esse privilégio? E as novas gerações como os filhos dos que hoje criticam e AINDA não ensinaram seus filhos a falar IBINDA, Kikongo, Kimbundu, Tchókwe, Nganguela, Umbundu, Nhaneka, Mukuvale e outras do nosso rico mosaico étnico e cultural;

d) Dupla Nacionalidade


- Com excepção de RD todos os outros candidatos se o desejassem poderiam requerer a nacionalidade Portuguesa porque podem provar que pelo menos um dos seus ancestrais era ou eles próprios, nascidos em PORTUGAL ULTRAMARINO, tiveram registo português e antecedentes da era Tuga;


- Os quadros do partido, da missão externa (diplomatas, pessoas em formação - militares& estudantes

-, logística & abastecimento e enviados especiais) todos eram utentes de passaporte estrangeiros. Aliás, foram estes passaportes que permitiram fazer o brilhante trabalho do partido pelo mundo fora.

e) Militância consequente de 15 anos

- O único a que é colocado este quesito é RD e há sempre duas interpretações (jurídica e política);


- Os estatutos dizem militância consequente e este conceito é ambíguo; Com a próxima revisão dos Estatutos, no XIII Congresso, é fundamental deixar bem claro este importante artigo (definição de militância ininterrupta versus militância consequente);


- Do ponto de vista político, o partido sabe que para amortizar a circunstância que muitos consideram de traição do Puna e Tony (em 1992), o Velho Jonas orientou, expressamente, que RD e demais familiares, abandonassem a Jamba/ Terras Livres de Angola, fossem ao encontro de Miguel Nzau Puna e Tony da Costa Fernandes;


- Colocado nas hostes da segurança do estado/MPLA, fez declarações pouco abonatórias contra o partido e seu presidente; Foi perdoado. E reintegrado nos quadros do partido. Mais tarde, pelas suas excelentes qualidades e entrega a causa foi nomeado chefe da bancada Parlamentar, Foi indicado para a Vice-presidência. Protagonizou, diante da urna de Jonas Savimbi, em Lopitanga, Andulo, o histórico o pedido de Desculpas públicas. Se o requisito são os 15 anos, somados (antes e depois) não haverá impedimento nenhum;

f) Acusação de desvio de fundos de uns e outros.

- Esta abordagem só mancha e diminui a própria UNITA;

- Sendo a UNITA a principal alternância ao MPLA e dentro da escola de Jonas, uma vez apurado o desvio, deveriam ser tomadas medidas internas e outras como as judiciais, para desencorajar eventuais más condutas; porque esta abordagem encerra contradição, ou seja, as contas do Partido não reflectem desvios, onde muitos dos que acusam os seus companheiros têm presença em sede de discussão e aprovação e fazem-no apenas agora por disputa a uma Liderança, esquecendo-se por incúria que a liderança não é apenas Sua Excelência o Presidente do Partido, mas sim os diversos escalões de Chefia (Direcção Colectiva).


HAJA RESPONSABILIDADE. BOM SENSO, RESPEITO E CUMPRIMENTO ESCRUPULOSO DOS PRINCÍPIOS E VALORES QUE SEMPRE NORTEARAM A UNITA!

UM ABRAÇO UNITAmente fraterno aos Maninhos e as Maninhas.

Kayundu (29.10.19