Luanda - Podemos designar hoje, e em termos de politicas, o desenvolvimento rural para Angola, como o apoio ao desenvolvimento das zonas rurais, não somente à agricultura, mas também como um elemento essencial para as zonas rurais em si. O meio ambiente, a paisagem, continuam a ser elementos essenciais para as populações rurais.


Fonte: Club-k.net


Portanto, à agricultura, o ambiente e as populações rurais, acabam por ser elementos de desenvolvimento dos espaços rural e natura. Em nosso entender, os princípios estruturantes do desenvolvimento rural, passam por politicas de desenvolvimento, com pelo menos duas palavras-chave: competitividade e a sustentabilidade. Quer dizer, fazer com que os que vivem nas zonas rurais tenham uma vida melhor, e que o desenvolvimento se faça a custa de princípios sustentáveis com base na apresentação de recursos. 


A agricultura, ao ser considerada uma acção que vai para além da actividade económica, acaba por ser cada vez mais uma actividade de consumo, e da produção de todos os recursos das populações angolanas.


A importância que o sector agrícola deve jogar para a economia de Angola é crucial, apesar de os dados históricos darem-nos conta, de que Angola tinha no período colonial um potencial das zonas rurais, de qualquer coisa como 85%. Seguramente, que este indicador já não é real, até porque como resultado do conflito armado que se vivia em Angola, este número terá sido alterado, em razão do êxodo para os grandes centros urbanos do país.


A ainda assim, julgamos que mas do que uma questão de produção, as zonas rurais, são importantes pelo valor simbólico e ancestral da terra para os camponeses, até porque a cultura e os sectores agrícola e florestal ainda jogam um papel preponderante para o nosso povo.


Sendo agricultura hoje, uma actividade que vai para além, das exigências locais, acaba por atingir um patamar de exigências acima da média, situando-se muito para além das necessidades básicas. Nas sociedades mais ricas, normalmente à agricultura joga um papel importantíssimo, mesmo para as populações mas pobres, os alimentos são suficientes, porque podemos encontrar excessos de produção de produtos do campo, as Instituições quer estatais, como as particulares, distribuem pão sobre a mesa dos mais pobres.


O mesmo não se pode dizer, das sociedades mais pobres e desorganizadas, onde há uma necessidade urgente de ajuda humanitária onde a fome impera, por falta de garantias de sobrevivência dos mais pobres e desfavorecidos. Todavia, quando a pobreza ataca, há uma tendência de se fazerem fugas para as grandes cidades, onde se oferecem as oportunidades que se procuram e se transformam na maioria dos casos em tragédia.


As pessoas, tentam de tudo para sobreviver, muitas vezes, acabam por entrar em esquemas “poucos claros” não resolvendo os seus problemas, agudizando a Instabilidade e violência a que caracterizam muitas das periferias pobres das grandes cidades, mas há soluções hoje já testadas, noutras latitudes, uma delas passam pois, pelo desenvolvimento rural que leva a fixar as famílias longe das cidades, e geram condições maiores que criam riquezas, e aumentam a quantidade e a qualidade dos bens que se produzem nos campos. Este desenvolvimento no meio rural, deriva, da opção por politicas claras, dos que queiram investir no campo, apoiando os agricultores e as suas famílias, os resultados não serão imediatos, e os políticos podem não ganhar os votos com este tipo de parcerias.


Em nome dos povos mais pobres e, em defesa dos que vivem na miséria e nas periferias das grandes cidades angolanas. Acreditamos, que se deve fazer alguma pressão neste sentido, para que os organismos do estado angolano, invistam numa agricultura moderna até porque em nosso entender, passa por um desenvolvimento rural do nosso país, passa um pouco pela agricultura, a pecuária e a silvicultura, para que se possa dar pão e futuro aos mais pobres.


Nós gostaríamos de ver cidades como Luanda, Huila, Huambo e Benguela, com mas qualidade de vida, para que um dia possamos encontrar as famílias de agricultores felizes, com uso de tecnologia avançada, para produzir centenas e centenas de toneladas de alimentos resultados da produção agrícola, como garantia do desenvolvimento sustentado do nosso solo pátrio.       
 

 

Cláudio Ramos Fortuna
 


Urbanista


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