Lisboa - A substituição do Presidente do Conselho de Administração da ENE, Eduardo Gomes Nelumba pelo  director de engenharia daquela empresa, Fernando Barros Gonga é reflexo de sinais de ambiente impróprio de trabalho  que  opunham o demissionário PCA com a Ministra da Energia, Manuela Vieira Lopes ao qual foram tomados em conta em meios do Gabinete do PR.


Fonte: Club-k.net


O ambiente de oposição entre os dois  se assinalou  após as eleições legislativas. Na altura o  nome de Eduardo Nelumba era  ventilado para o cargo de Ministro de uma área próxima ao seu ofício. Gozava de sustento partidário  de uma corrente  conotada a Bento Bento, porem, objectada  no  Gabinete Presidencial que acabaria por escolher a então directora do projecto Gamek, Manuela Vieira Lopes para dirigir a nova orgânica do  Ministério  da Energia.


Uma segunda objecção acentuaria o futuro “ambiente de oposição”. Nas véspera de os Ministros apresentarem nomes de individualidades que  seriam  os seus vices, uma corrente de lobby interna viu os seus esforços objectados ao solicitar a nova Ministra que  inclui-se o nome de Eduardo Nelumba na sua lista de propostas para Vice Ministro da energia que seriam apresentadas ao Presidente José  Eduardo dos Santos. Informações não confirmadas teriam insinuado que tal corrente havia se feito entender que  a indicação de Nelumba respondia a uma vontade “superior”.

 

Face ao sucedido foi observado como primeiro sinal, a nível do Ministério da Energia, o seguinte indicador de “mau ambiente” laboral.


-  Ausências de Eduardo Nelumba  nas reuniões do conselho Consultivo do Ministério que acolhe os PCA das empresas sob alçada daquela institucional governamental; em alguns casos as ausências eram justificadas aos seus assessores próximos como estando em obediência a missões fora do país.



Eduardo Nelumba, no entender de “insiders” estava a igualmente  ser  prejudicado por textos pejorativos contra a Ministra  publicados em  jornais privados em Luanda ao qual numa das edições, o mesmo, chegou a ser apresentado como “quadro competente que deveria estar no lugar de Manuela Lopes”. 


As notas nos jornais deram azo a um ambiente  de desinformação com dados do fórum conjugal da nova Ministra. De acordo dados verificados, Manuela Lopes é casada com um engenheiro  do  Ministério, Felix Lopes Junior. Na altura em que  era directora da Gamek, o esposo era técnico senior  do ministério respondendo pela área de reforma energética.  Nas informações saídas na media privada  ficou subentendido  que Felix Junior  aderiu ao Ministério por força da esposa tendo o caso sido apresentado  pelos jornais como exemplo de nepotismo ou trafico de influencia.


Informações em meios do regime  fazem referencia que Eduardo Nelumba “não estará mal”, expressão usada para compreensão de futura promoção. Tem a seu favor um currículo que vai ao encontro a exigência do sistema. É membro do Comitê Central  ao que se estima que será reconfirmado no congresso de Dezembro por reforço a  imperativos da sua eleição como  Secretario dos comitê de especialidades dos engenheiros do MPLA. também esta nos desportos como  presidente da mesa da Assembleia-geral do clube Electro do Lobito.


Outras mexidas nas empresas publicas


Na seqüência da  mexidas a nível empresas publicas são ainda sentidas ventilações com as seguintes informações tomadas como rumores não confirmados.


- Exoneração do PCA da ENANA, Jorge Mello, diz-se, embora sem precisão, que pode ser  substituído por um dos administradores, Antonio Ferreira Ceita que tem a vantagem de ter apoio institucional do palácio presidencial. Quando Antonio Ceita entrou para a empresa teria sido alvo de orquestrações de sabotagem laboral levando-o adaptar uma nova postura restritiva ao que é  incompreendido.


- Ainda na ENANA, fala-se também do afastamento de um administrador  Celso Rosa, em função do excesso de competência que ultimamente lhe foram conferidas. É igualmente  director-geral do Instituto Nacional da Aviação Civil (INAVIC).


- Confirmação do coordenador da TAAG, Pimentel Araujo como PCA. É descrito como quadro competente;  


- Nomeação de um novo conselho de administração para TPA e RNA, o nome mais apontado como maior competência é o de  Filipe Diatezwa actual chefe da comissão executiva. É natural do Uige. Recentemente, o Ministro Manuel Rabelais explicou-se o porque não pode lhe entregar a Radio.