Luanda - O Presidente da República, João Lourenço, apelou nesta quinta-feira, em Luanda, à unidade de acção no combate à corrupção e ao nepotismo, duas das bandeiras da sua governação.

Fonte: Angop

Na cerimónia de condecoração de membros da sociedade civil, atletas, antigos combatentes e membros do governo, o Chefe de Estado angolano sublinhou que na luta contra a corrupção a garantia da vitória reside na unidade de acção entre as diferentes forças vivas da Nação.

 

No acto, que decorreu no Palácio Presidencial, João Lourenço afirmou que nenhuma instituição é suficientemente forte para sozinha vencer essa batalha, “nem o Executivo, nem os órgãos de investigação criminal, nem o Ministério Público, nem os órgãos da Justiça, se não tiverem o concurso da sociedade civil”.

 

Sublinhou que, depois de difíceis anos do conflito armado e de reconhecimento a políticos e militares que se distinguiam nas frentes de batalha, se homenageia um grupo de cidadãos que constitui exemplo aos que enveredam para o empreendedorismo, contribuindo para o aumento da produção nacional de bens e de serviços, assim como de empregos.

 

“Bravos são aqueles que ao invés de se lamentarem internamente das dificuldades existentes fazem delas oportunidades para vencer na vida, arregaçam as mangas e vão à luta pelo pão para as suas famílias sem dependerem necessariamente de um patrão”, salientou.

 

Para o Chefe de Estado, Angola está a mudar para melhor em muitos domínios, como o do respeito aos direitos e liberdades fundamentais do cidadão, combate ao nepotismo, à impunidade e à corrupção.

 

Enalteceu o papel de quem "desde muito cedo teve a coragem de se bater contra a corrupção crescente, que acabou por se enraizar na nossa sociedade porque a super-estrutura dava mau exemplo e, por isso, não tinha moral para combater o monstro que ela própria criou e do qual se alimentava”.

 

O Presidente João Lourenço admitiu a possibilidade deste reconhecimento vir a ter “leitura e reacções díspares, a julgar pelos estereótipos criados ao longo do tempo, quando a corrupção era encarada como algo normal" para quem a praticava.

 

Entre os condecorados figuram o jornalista e activista cívico Rafael Marques, o escritor Sousa Jamba, os empresários Víctor Alves e Carlos Cunha, a bióloga Adjany Costa (prémio da ONU Jovens Campeões da Terra), as cantoras Clara Monteiro e Lourdes Van-Dúnem (esta a título póstumo), os vencedores das medalhas de ouro de vela em África e a campeã africana de xadrez, Luzia Pires, entre outros.