Luanda - O conselho de direcção do Ministério das Relações Exteriores reuniu nesta quinta-feira (7), em Luanda, tendo decidido despedir cerca de 200 funcionários que ao tempo do antigo ministro (George Chicoty) foram admitidos de forma anárquica ou baseada em critérios questionáveis.
Fonte: Club-k.net
"Que foram nomeados por tráfico de influência no passado"
O assunto, está destinado a criar furor entre os funcionários que, em forma de “vingança”, fizeram vazar o circular n.º 065/DHR – MIREX/2018, datado de 9 de Julho de 2018, para mostrar que no pós-Chicoty, ocorreram também promoções de alegados familiares de dirigentes e embaixadores para cargos nas missões diplomáticas.
O circular vazado foi validado pelo Secretário do MIREX, Agostinho Van-Dúnem, que por sua vez colocou um sobrinho Evandro José Júlio da Silva a trabalhar no consulado de Angola em Lisboa, conforme o despacho, 026/GAB.GC/2019 que o Club-K, teve acesso.
Ainda sobre o contraste ao combate ao nepotismo no MIREX, uma equipa da inspecção ministerial chefiada por Mateus Barros José deslocou-se a Lisboa e detectou falhas e irregularidades na admissão de quadros, e alegadas praticas de corrupção.
Por outro lado, respeitante a denúncias sobre nomeação de funcionários baseados em alegados favorecimento ou nepotismo, o inspector Mateus Barros José em reunião com o Cônsul em Lisboa, Narciso Espirito Santos Júnior, procurou esclarecimentos sobre o assunto. O chefe da missão consular, por sua vez, implicou o director do MIREX, Salvador Allende Carvalho do Bom Jesus, como uma das entidades que o pediram a empregabilidade de familiares.
Salvador Allende Carvalho do Bom Jesus, exerce no MIREX as funções de Director de Gabinete do ministro Manuel Augusto. O mesmo colocou uma sobrinha Djamila Faria, a trabalhar no consulado em Lisboa. Recentemente foi nomeada uma tia sua como vice-cônsul em Nova Iorque, Estados Unidos da América (EUA).
Ainda em Nova Iorque, recentemente uma diplomata Edith do Sacramento Lourenço Catraio viu o seu despacho de nomeação a ser inexplicavelmente revogado. O seu esposo, em entrevista recente ao Club-K, alegou que o apeamento da esposa deveu-se por ela se ter recusado a imposição que lhe estava a ser feita para nomear familiares de altos dirigentes do Bureau Politico do MPLA.