Joanesburgo - As autoridades da  Guiné-Equatorial libertaram na terça – feira quatro mercenários sul africanos, dois deles oriundos de Angola que cumpriram uma pena de quatro anos neste país pela sua implicação num golpe de Estado frustrado em 2004. 


Fonte: Club-k.net


Do grupo dos implicados que agora são abrangido por uma amnistia estava o  mercenário sul-africano Nick du Toit, e o Britânico Simon Mann, ambos condenados a 34 anos de prisão cada pelo seu papel na conspiração  que visava derrubar Teodoro Obiang Nguema da Presidência daquela antiga colónia espanhola enquanto que os cúmplices   Sergio Cardoso e José Domingos de origem angolana e afectos ao extinto batalhão búfalo foram condenados à 17 anos de prisão cada. Du Toit, Cardoso, Domingos e mais um sul africano identificado por Alerson foram presos em Bioko, numa ilha da Guiné Equatorial. 

 

A libertação dos mesmos teve lugar antes de uma visita de Estado do Presidente sul africano Jacob Zuma a Malabo quarta-feira da semana passada, mas o governo de Pretória afirmou não estar implicada na decisão.

 

Esta semana os principais jornais também escreveram que o Presidente Jacob Zuma desempenhou  um papel fundamental na libertação dos condenados sul africano da famosa prisão da Guiné Equatorial.. Citando revelações de uma entrevista exclusiva de Nick Du Toit horas depois, de lhe terem devolvido a liberdade, os jornais locais, relataram que Du Toit dizia toda a à noite que foi pela graça de Deus e da intervenção do governo Sul-Africano, bem como as pressões internacionais, que eles foram soltos. 

 

"Fomos informados ontem que seriamos libertados e de que Zuma e o seu governo estiveram  envolvidos nas negociações para a nossa soltura e, agora, hoje somos homens livres", disse emocionalmente Du Toit.

 

A África do Sul, num comunicado que reconhece "o gesto humanitário" da Guiné  Equatorial, revelou que os seus quatro cidadãos foram entregues à sua Embaixada em Malabo e que seriam repatriados esta semana.

 

Os cinco elementos estavam entre um grupo de 70 homens que planeavam derrubar o presidente Guiné Equatorial, Teodoro Obiang Nguema no fracassado golpe de 2004. Sessenta e dois dos acusados, incluindo Mann, um ex-soldado britânico – que acredita-se estar gravemente adoente foram detidos momentos, após a aterragem, da aeronave que os transportava ter escalado no Aeroporto Internacional de Harare, para compra de armas e equipamentos. 

 

O britânico Simon Mann foi extraditado do Zimbabué para a Guiné Equatorial, pouco depois de os seus companheiros conspiradores terem sido libertos da prisão Chikurubi no Zimbabué. Durante o julgamento, o cidadão britânico implicou Mark Tchatcher, filho da ex-primeira-ministra britânica Margaret Tchatcher, nesta conspiração. Ele afirmou igualmente que a Espanha e a África do Sul estavam atrás desta conspiração.