Lunda - Sul - Nós, os Activistas Cívicos do Leste "AKWA MANA", estamos profundamente indignados com a forma como o Governo angolano tem ignorado a pobreza/miséria que assola as populações desta Região do País.

Fonte: Club-k.net

A atribuição de verbas bastante exíguas às províncias do Leste de Angola demonstra a falta de vontade do Executivo angolano em combater as assimetrias regionais, cujas principais vítimas têm sido as populações da Lunda-Norte, da Lunda-Sul e do Moxico.


A província da Lunda-Sul está novamente na ponta da cauda do Orçamento Geral do Estado; e o somatório das verbas atribuídas às três províncias do Leste não chega a 200 mil milhões de Kwanzas, se comparadas com as dotações cabimentadas às regiões Norte, Centro e Sul do país.


O OGE/2020 vem a agravar ainda mais a situação económica, social e cultural numa região sem estradas, sem indústrias, sem agricultura mecanizada, sem hospitais de referência, sem habitações condignas, falta de emprego, enfim, uma terra à margem do desenvolvimento, em pleno século XXI, passados mais de 17 anos de paz.


O Papa Francisco diz que "NÃO HÁ DEMOCRACIA COM FOME, NEM DESENVOLVIMENTO COM POBREZA, NEM JUSTIÇA NA DESIGUALDADE".


Porém, o Executivo angolano continua a dar provas de que o Leste serve apenas para extrair diamantes, explorar a madeira e outros recursos naturais.


Face a esta triste realidade, pedimos encarecidamente aos senhores deputados à Assembleia Nacional no sentido de não aprovarem este Orçamento que promove alguns e marginaliza outros.


Se na verdade são representantes do povo, e o povo angolano é um só de Cabinda ao Cunene, devem chumbar este Orçamento que promove o agravamento das assimetrias regionais.


Esperamos que seja ouvido o clamor das populações do Leste, para sermos todos iguais como diz a Constituição da República.