Luanda - A educação ambiental das comunidades que vivem dentro dos parques, acções de combate a caça furtiva, abate ilegal de árvores e desmatamento desordenado das florestas são algumas das acções a serem implementadas pelo Ministério do Ambiente no âmbito de um financiamento do GEF (sigla em inglês para Fundo Global do Ambiente).

Fonte: Angop

O GEF funciona com as áreas focais da biodiversidade, alterações climáticas e degradação dos solos, assim como cidades sustentáveis, que tem a ver com a gestão de resíduos e a criação de sistemas alimentares.

 

Faz parte dos objectivos do Fundo, a atribuição em ciclos de quatro a quatro anos um valor para apoiar os países em desenvolvimento de forma a promover o seu desenvolvimento sustentável.

 

Para a efectivação dessas acções, técnicos do Ministério do Ambiente estão reunidos desde hoje (terça-feira), com membros de alguns países da SADC, em Luanda, para trocar ideias sobre os mecanismos de funcionamento do novo ciclo de financiamento disponibilizado pelo GEF.

 

Falando na abertura do 2º Workshop Regional da SADC para o Fundo Global do Ambiente, em representação da Ministra do Ambiente, Paula Francisco Coelho, o membro do conselho do GEF, Júlio Inglês, informou que o evento visa transmitir os pontos focais políticos e operacionais a nível da SADC.

 

Os coordenadores do projecto e instituições governamentais vão igualmente falar dos ciclos de financiamento dos programas e projectos ambientais que beneficiam deste fundo, a fim de apoiar os governos a cumprirem os desafios dos objectivos sustentáveis.

 

Angola beneficiou, em 2018, de 10 milhões de dólares, tendo já identificado os projectos prioritários do governo para questões ambientais elegíveis de financiamento, aguardando somente a sua aprovação.

 

Explicou que o evento acarreta questões ligadas a biodiversidade, climáticas, degradação dos solos, e tem como novidade projectos ligados a águas internacionais, cidades sustentáveis e infra-estruturas.

 

Durante o workshop, haverá partilha de experiências sobre projectos, com maior realce para os regionais, onde vão procurar encontrar formas de melhorias interactivas entre governos, no sentido de harmonizar e fazer com que os projectos sejam implementados.

 

Acrescentou fazer parte das prioridades, a motivação das pessoas para a replantação das espécies de origem, criação de santuários para os chimpanzés, criação de centros de seguranças a nível dos Parques Nacionais de Angola e o mapeamento das espécies em fase de extinção.

 

De acordo com o secretário-geral do GEF, William Ehlers, o workshop rotativo que acontece anualmente em um país membro da comunidade, serve para ajudar os países a uma melhor apreciação do ponto de apoio financeiro que o GEF concede aos países da região austral.

 

Disse já terem uma série de projectos concebidos por Angola, para alocar maior parte dos recursos que lhes foram disponibilizados, bem como pensa que encontro será uma oportunidade de olharem para outros recursos, projectos ou outras iniciativas.

 

Participam do encontro técnicos da África do Sul, Namíbia, Zâmbia, Moçambique, Malawi e Botswana.

 

O encontro tem o término previsto para sexta-feira.