Huíla – Quando se aborda no dia a dia os problemas sociais que enfermam o País, para além da seca, fome, inflacção, delinquência, coloca-se na mesma esteia, a questão do desemprego associada a promessa eleitoral do presidente do MPLA, na altura candidato a presidente da República em relação aos 500 mil empregos (que neste artigo constitui o objecto opinativo) prometidos que no dizer de muita gente: “nem água vai e nem água vem” permita o vulgarismo. Paralelamente ao prometido, a cada dia que passa, o quadro económico e social do País continua a complicar-se, empresas fechando e o desemprego aumentando. E a questão concernente a prestação de contas, que não quer se calar no seio da juventude militante e não só, é a seguinte: será que a promessa dos 500 mil empregos foram vãs palavras?

Fonte:  Club-k.net

Para começo de resposta sobre a questão central deste artigo, começaria por me apegar num adágio popular: “O gindungo no olho do outro é refresco”. O que implica dizer que, antes de criticar e exigir, importa ter em conta as condições que foi encontrado o País e as estratégias a adoptar de modo a dar resposta aos vários projectos sociais em benefício do povo angolano.

 

É oportuno dizer que, os 500 mil empregos não foi a única promessa eleitoral, para o presidente ser crucificado como está a ser. A costumamo-nos muito mal, após a conclusão de uma formação académica, o principal e o único empregador era o Estado, e esquecemo-nos de outras oportunidades de emprego como: empreendedorismo, empregos noutros sectores privados, dentro e fora do País.

 

O titular do poder executivo, celebrou vários acordos com outros países no sentido do empresariado estrangeiro investir no País, com o intuito de dar respostas as preocupações do desemprego e não só.

 

Se verificarmos o OGE que será aprovado hoje dia 19 de Novembro de 2019, na generalidade, maior parte dos valores será para a liquidação de dívidas contraídas pelo antigo executivo. A meu ver, afigura-se prematuro, exigir o cumprimento imediato da promessa dos 500 mil empregos com maior enfase, dentro do aparelho do Estado.

 

Ademais, todas as reformas e combates às más práticas ilícitas em curso no País, pelo actual executivo, tem como objectivo: melhorar a imagem do País, a vida do cidadão, arrecadação de mais receitas, tornar os serviços públicos menos burocráticos e mais céleres e dar respostas as necessidades básicas da população como: saúde, educação, segurança, estradas, energia e habitação a curto, médio e longo prazo.

 

Como guisa de conclusão, dizia o titular do poder executivo, no tradicional discurso à Nação, “O apressado come cru”. Por força do disposto constitucional, Artigo 118.º em epígrafe (Mensagem à Nação) cujo teor, conforme se segue: “O Presidente da República dirige ao País, na abertura do Ano Parlamentar, na Assembleia Nacional, uma mensagem sobre o Estado da Nação e as políticas preconizadas para a resolução dos principais assuntos, para a promoção do bem-estar dos angolanos e desenvolvimento do País”.

 

Samuel Paulino Pedro

Consultor de Gestão de Pessoas

Palestrante

Membro da Associação Angolana de Gestão de Pessoas