Luanda - Os cinco jovens que assaltaram, no mês do Janeiro desde ano, a agência do Banco Sol, no condomínio Jardim de Rosas, no município de Belas, em Luanda, e roubaram mais de 50 milhões de kwanzas e vários pertences de clientes e funcionários começaram a ser julgados no fim da semana passada.

Fonte: NJ

José Monteiro Quintas, de 30 anos, Mário Albano Manuel, de 24, José Paulo João, de 36, Diakana Nguinamau Kiala, de 35, e António Custodio de 38 anos são acusados, pelo Ministério Público (MP),de sete crimes de roubo qualificado e um de associação criminosa, previsto e punido pelo Código Penal.



Segundo o Ministério Público, os réus, em conluio com dois seguranças da agência bancária, de nome António Manuel Augusto, e um outro identificado apenas por "Bingo", ambos foragidos da justiça, planearam o assalto ao banco.


O MP deslinda que, por volta das 11:00 do dia 12 de Janeiro, de 2019, no município de Belas, os réus, a bordo de uma viatura alugada nas Organizações Chana, deslocaram-se até ao Banco Sol, no condomínio Jardim de Rosas, munidos de três armas de fogo, do tipo pistola.


No local, os réus e os dois seguranças (foragidos) juntaram-se a outros dois elementos, identificados nos autos como "Gé" e "BÚ G".


Em acto contínuo, introduziram-se no banco e anunciaram o assalto, abordando o gerente do banco, Walter de Oliveira, que foi levado até ao cofre sob ameaças de morte, e obrigaram-no a abrir a porta.


Na sequência, refere o MP, os réus retiraram do cofre de 31 milhões de kwanzas, mais oito milhões de kz do ATM e 3,5 milhões que se encontravam no caixa.


Durante o assalto, os assaltantes fizeram reféns os clientes que se encontravam no banco e receberam, daqueles que pretendiam efectuar depósitos, mais de 2,8 milhões kz e vários pertences, como telemóveis e fios de ouro.


Posteriormente, os réus acima citados e todos os seus comparsas abandonaram o local e meteram-se em fuga, prossegue a acusação.



No dia seguinte, os réus e outros cidadãos, declarantes nos autos, dirigiram-se a um quintalão no Bairro da Sapú, no município de Viana, onde procederam à divisão dos valores e dos bens roubados.


Após participação dos factos às autoridades, o Serviço de Investigação Criminal (SIC), encetadas diligências, procedeu à detenção dos criminosos, com a excepção dos dois seguranças do banco.


Dos valores subtraídos, o SIC-Luanda apreendeu apenas 1,199 milhões, nove telemóveis, uma motorizada e uma viatura de marca Zenza.


A acusação refere ainda que a gerência do Banco Sol já devolveu aos clientes os valores que lhes foram subtraídos durante o assalto.


Segundo um documento que está junto ao processo proveniente do gabinete jurídico do Banco Sol, o valor real subtraído é de 52,219 milhões de kwanzas.

Ouvidos os réus em fase de interrogatório, estes confessaram em parte os crimes de que são acusados, alegando, no entanto, não terem subtraído do Banco Sol o valor reclamado, mas sim um valor abaixo deste.