Brasil - Escrevo este texto porque o club-k convidou-nos a falar sobre o assunto em questão: O anonimato. Também vamos aproveitar para responder algumas inquietações vindas dos internautas. Recordando, primeiramente, que diante do club-k não existem preferências de nenhum tipo, de quem deve ou não publicar seus trabalhos e difundir suas ideias, as ideias que melhor entenderem. Também nas páginas desse site ninguém está obrigado a ler o que não quer, ou o que não pode engolir, principalmente quando estamos diante de certas verdades, muitas delas milenárias e até diante de certas mentiras que o tempo dos 500 anos do colonialismo, que alguns continuam adorar, ajudou a fortalecer.


Fonte: WWW.blog.comunidades.net/nelo

Club-k é verdadeiramente um ideal da teoria da comunicação

E que a independência de Angola não conseguiu extinguir, nem mesmo pelo fato dessa independência ser declarada por comunistas, ou por quem se dizia comunista. Este é um artigo que também pode ser dirigido ao meu amigo e Kota Dino Cassulo que mostrou descontentamento com os ataques que tenho feito a igreja.


O brinquedo (club-k) mesmo sendo desdenhado, ridicularizado e até odiado pelas instituições angolanas -o Estado e algumas outras privadas que defendem os interesses do atual poder- deve ser visto como um fenômeno moderno, contemporâneo e filho dos avanços tecnológicos da nossa era. Só a mentalidade angolana anestesiada com o vinho importado, às vezes de má qualidade; assim como pelo o kaporroto e o kimbombo –que corroem o cérebro- é que não conseguem enxergar isso. Só a preguiça dos nossos intelectuais e de alguns formadores de ideias ou opiniões, assim como dos nossos governantes que continuam refugiados nas artimanhas do passado para lidarem com a população, é que carecem de visão futurista para lidar com esse fenômeno.


Por isso a essa turma -e peço permissão ao club-k- venho dizer que o mesmo club não é e não faz parte de nenhuma instituição Pública do Governo e do Estado angolano, não é muito menos um braço privado com interesses bajuladores de sempre agradarem e defenderem a corte dos governantes herdados pela nação como consequência da guerra. Assim, nem a igreja, nem o Governo Angolano, nem a oposição têm de que reclamar, ao contrário, dos três grupos mencionados, por incrível que pareça, deveriam mostrar-se mais civilizados e minimamente abster-se, ou mesmo quem sabe, agradecer na medida do possível. Afinal de contas agente não pode ter tudo nessa vida e achar que devemos ser agradado por todos em todos os momentos e todas as circunstâncias.


A igreja em particular devemos dizer, que o direito a ouvir outras partes –mesmo quando para isso existe a necessidade de negar o criador ou deus- também deve ser respeitado e é sagrado ( e democrático). E parar com a mania de pensar que é uma instituição que merece ser aceita com um grau de trivialidade que só ela quer e deseja. Dizer não a essa instituição e todas as formas de aberração que ela gera e gerou pode ser e deve ser dito diante de quem quer que seja. Porque é precisamente isso: habituar as almas e os espíritos a serem contrariados, quando o que se trata é de enfrentarmos a verdade e denunciar todo tipo de mentiras. A Teologia, pseudofilosofia ou pseudo-ciência, que defende a existência de Deus não devia ter medo disso, e muito menos fazer o uso da mal formação e da ignorância dos fiéis para difundir suas crenças. O esclarecimento não pode estar direcionado a certas pessoas, independentemente de seu grau ou nível cultural. A igreja tem que acabar com a mania e falácia enganadora que negar a ela e o seu patrono é contra as tradições culturais de uma nação ou povo. Quem é que disse isso? Onde está escrito isso?


A característica fundamental deste site é a de ser um site extremamente interativo o que não é comum mesmo em sites estrangeiros. E essa interação reside na ambição da cidadania que há em cada um de nós mortais em querer provocar mudanças na sociedade onde vivemos ou pretendemos viver. E a mesma consiste num debate aberto e virtual de todas as opiniões geradas pela sociedade assim como todos os seus agentes. Em outras palavras, o club-k é verdadeiramente um ideal da teoria da comunicação, que estimula e reivindica o fato de que cada um de nós por mais longe e confinados que estejamos somos um potencial gerador de informação a não sermos desprezados. Pondo assim em perigo o obscurantismo, a burrice, a idiotice, a mentira e todo tipo de crença malvada que nos impuseram ao longo desses dois mil anos de cristianismo e religiões.


Com o sistema de democracia representativa que agora se transformou quase num consenso universal, o club-k pode ser adotado como um instrumento sutil e delicado, mas efetivo para se promover, sem muitas ambições, as pequenas revoluções que qualquer sociedade e a vida de cada um de nós precisa. Talvez até as revoluções que esse país andou precisando ao longo dos 500 anos e se derrubar vícios herdados por ele e esse regime de corruptos, que aí está, e que acredita ser eterno, assim como para desmascarar os males provocados nesse projeto de democracia que muitas vezes passa longe dos interesses da nação, e que só a tribo dos oportunista sabem tirar proveito. Diriam alguns, é sonho de mais tentar promover mudanças por esse mecanismo estranho chamado de internet. Nós respondemos: sonhar para nós é a meta mais alta possível, tudo que vem detrás de um sonho, desde que tenha como endereço e finalidade esse mesmo sonho já é um grande proveito a não ser desperdiçado por gente sensata e que quer um futuro melhor.


Por isso a cortina do anonimato, aqui no club-k, também pode ser um trunfo para quem faz do mesmo o seu instrumento de batalha. Somos de opinião de que todas as circunstâncias, ou nenhuma delas, devem ser aproveitadas, ou desprezadas, respectivamente, quando o que se trata é de informar, moralizar e sensibilizar a esse povo. Eliminando a presunção de que existem aqueles com mais direito sobre os outros de informarem ou de esclarecerem o Povo e a Nação, ou até mesmo de influenciar.


Assim, a cortina do anonimato deve ser usado como instrumento elegante de proteção e não para que se entre aqui, como têm feito alguns internautas, ofender pessoas que só fazem do club-k um meio de luta e de expressão da cidadania angolana. E que verdade, diga-se, essa cidadania, às vezes, é tão “corrupta e viciada”, em muitos de nós, quanto aqueles que hoje estão no poder.


O club-k - em nome da difusão de ideias, opiniões e até da democracia- não pode servir de instrumento para aqueles que só querem ouvir suas argumentações (outro hora proibidas e reprimidas pela ditadura do proletariado, nisso estão as próprias religiões) serem satisfeitas e recepcionadas como a fruta que todos nós devemos engolir ou o sermão religioso de cada dia; em nome de uma suposta era democrática e em nome de se varrer o suposto ideal comunista que o MPLA andou incutindo a nação. O club-k , suponho eu, deve estar preparado para todas as batalhas, todas as possíveis. Incluindo aquela que tem como objetivo negar o pior do passado colonial, o pior da herança colonial. E esta herança é o cristianismo protagonizado pelo catolicismo e que tem como tropa de choque os pedófilos do Vaticano; assim como a versão contemporânea de evangelização composta pela turma dos mulherengos pastores evangélicos e que fazem do dízimo a prosperidade supostamente prometida por cristo; onde as verdadeiras vítimas de tudo isso são os pobres angolanos enganados pelas duas turmas ou quadrilhas de fanfarrões.


E volto de novo a fazer referência ao querido e companheiro Dino Cassulo, para dizer a ele e a todos que meu descontentamento e desmascaramento contra a igreja não é uma luta contra os milhões de fiéis que frequentam qualquer uma das igrejas que existem por aí. O fato de que elas são freqüentadas por médicos, engenheiros cientistas e toda a turma de intelectuais possíveis não torna a igreja mais autêntica e menos nociva para a sociedade. Qual quer sociedade que seja, e é precisamente contra esta aberração que devemos lutar e enfrentar, de que pessoas supostamente bem formadas frequentam a igreja, então ela deve ser aceita sem questionamento. E é bom saber que existem no mundo todo, como em Angola, pessoas bem preparadas espiritualmente, ao menos academicamente falando, mas que acham que devem continuar a escutar o conto do vigário e sustentarem a turma dos batinados e dos fanfarrões evangélicos, prometedores de todos os tipos de facilidades divinas, com o dízimos. Dinheiro que até às vezes é gerado com o fenômeno da corrupção. Falando em gerar fortuna e dinheiro, vai aí uma sugestão, e vamos ver se a igreja que é tão humanista e preocupada com os problemas sociais aceita tal proposta, que tal um projeto de lei aprovado na Assembleia Legislativa que permitisse o Estado Angolano cobrar impostos e taxas sobre o dízimo e todo o patrimônio criado pelas igrejas. Não é a igreja que vive pregando o voto de caridade, mensagem e obra de Jesus Cristo deixado aos simples mortais aqui na Terra, então chegou a hora de a igreja fazer mais do que tem feito e mostrar o seu voto de caridade. Em vez de tirar dos pobres devia dar mais aos pobres.


Por outro lado, voltando ao club-k, de que este articulista aqui não goste de religião não pode ser motivo para que a turma dos masoquistas e vítimas de todos os tipos de estupros causados pela aquela tropa ( das batinas), já mencionada, seja ofendido nas páginas desse site e até tido como objeto de lavagem cerebral. Contraditório e ridículo daqueles que pensam assim. Afinal, sejamos franco e sério, quem continua sendo vítima dos instrumentos coloniais não pode ser aquele que por definição nega o cristianismo e faz questão de dizer e assumir-se um anti-cristo -se assim quiserem considerar-, sou indiferente a esse tipo de acusação pejorativa dentro da igreja e estúpida para quem não está dentro dela.


A argumentação vindo daquela tropa ou de suas vítimas é de uma pobreza de dar dó e pena. Ora vejamos. Se o valor semântico da expressão “lavagem cerebral” for considerado como tal. Podemos aqui concluir que todo ato de lavagem, minimamente, consiste em se livrar de algum tipo de sujeira ou excrescência. Concluímos então que este autor está livre de qualquer sujeira que aquela tropa andou disseminando nessa região do planeta nos últimos 500 anos. Ou seja, estou em vantagem!


Se a motivação de xingamentos e o comportamento é de defender a igreja a que são adeptos nada impede a essa turma de serem elegantes e civilizados, mesmo quando o objeto a ser defendido está entre os mais miseráveis da nossa sociedade, está entre as piores das instituições com que essa sociedade deve lidar. Pior que a miséria provocada pela fome e todas as doenças, pior que a AIDS, a cólera, o paludismo, o ebola, pior que a raiva a que todos nós temos e sentimos pelo passado colonial e escravista. Pior que todas as mentiras!


Termino pedindo desculpas aos fiéis de qualquer crença. Mas a batalha de ideias e opiniões vai continuar, ao menos enquanto existir o club-k e o meu blog.