Luanda - No meu dia a dia, deparo-me com cada situação de comportamento por parte de algumas lideranças, que só Deus sabe. Líderes maltratando e humilhando funcionários em público e em reuniões restritas e alargadas, que na maioria das vezes, como resultado deste comportamento, tem se verificado desmaio, redução da productividade, pouco espírito de entrega ao trabalho e vontade de abandono de trabalho, tudo por causa da falta de deontologia e ética profissional por parte destes líderes.

Fonte: Club-k.net

O abandono do trabalho, não acontece na maioria das vezes, pelo facto deste ou daquela, ter um agregado familiar por sustentar e pelo facto de haver escassez de emprego no mercado.


Lembro-me como se de hoje tratasse, um amigo chegado, com uma remuneração adequada a realidade económica e financeira do País, contou-me e, passo a citar: “Eu sou vou ao serviço por causa do sustento dos meus filhos, se não fosse por isso, abandonava. O meu superior hierárquico humilha-me perante aos colegas e terceiros com linguagem desprezível como: Saia daqui, não me incomoda, e, na maioria das vezes, trata-se de assunto pontual e urgente relacionado com o trabalho”. Fim de citação.


Paralelamente a esta situação, num dado momento, numa instituição, numa das paragens do nosso País, por sinal de identificação (aonde tratam bilhetes), ligada a área da justiça, um funcionário detentor de cargo de direcção e chefia, perante ao público, destratou a funcionária, tão logo que o mesmo se ausentou, a mesma desmaiou.


Para maior tristeza e vergonha de quem de direito, esta instituição cola nas suas vitrinas documentos orientadores de ética e deontologia profissional, por sinal, escrito a lápis, pelo facto de no final do dia não se decidir sobre o seu cumprimento.


Um outro instrumento, é o livro de reclamações que, como soe dizer-se na gíria, “é uma conversa para o boy dormir” pelos os mesmo fins no final do dia.


Respondendo à pergunta principal do presente artigo, o que falta nas nossas lideranças? As nossas lideranças precisam da (CHAVE), Conhecimento, habilidade, atitude, valor e ética.


Por uma questão de ética, decidi ao longo deste texto, usar a palavra liderança, ao invés de chefia que é a verdadeira denominação destes, que destratam e humilham os seus colaboradores.


A título de ênfase, um belo dia, perguntaram à um grande pensador matemático Al-Khawarizmi sobre o valor do ser humano e este respondeu: “Se tiver ética, então é igual 1, se for inteligente, acrescenta- se 0 e será 10.


Se for rico, acrescenta-se 0 e será 100. Se for também belo, acrescenta- se outro 0 e será 1000. Mas, se perder o 1 que corresponde a ética, perderá todo o seu valor pois, só restarão os zeros. Fim de citação.


Para concluir, fica um desafio para os órgãos de direito e em particular para os chefes, que doravante, passem a tratar bem os seus colaboradores, trabalhadores, funcionários, agentes, sócios, parceiros. Por que é através destes, que depende a productividade, sustentabilidade, excelência organizacional e concomitantemente, a boa imagem da instituição.

Samuel Paulino Pedro