Luanda - Angola, um estado constitucionalmente “democrático de direito”, desde 1992, após o primeiro ensaio eleitoral no seu território. Um adestro falhado em todas as vertentes, depois de um forte Partido Único. Angola, encontra-se na Costa Ocidental da África, cujo território é limitado a Norte e a Leste pela República Democrática do Congo, a Leste pela Zâmbia, a sul pela Namíbia e a oeste pelo Oceano Atlântico.

 

Fonte: http://mukuta.bloguepessoal.com/

 

ImageUma antiga colónia de Portugal, foi colonizada no século XV, e permaneceu como sua colónia até à independência em 1975 que hoje se celebra, há já, conhecida festa da Dipanda.


Apesar de o seu subsolo ser o segundo maior servidor de petróleo e diamante da África Subsaariana e cheio de muitos outros recursos preciosos, a maior parte da população vive em estrema desgraça.

 

Na verdade, algum tem tudo e outros nada têm. Ao ponto de queimarem carros, partirem autocarros assaltarem bancos, incendiarem lojas e outras barbaridades de um estado controverso. Os monarcas apropriam-se das instituições públicas para fins privados e parentescos, o pai, tolera. Os bancos, telecomunicações, transformadoras de cimento e condomínios pertencem aos filhos. De onde veio? Talvez um dia, no Tribunal.

 

Nos Dembos Kibaixe, Quizanga, Mabubas, Catepa, Catambor, Ritondo até mesmo nos vizinhos do presidente, aí, na Cidade Alta, vivem em casas de chapas e em estrema pobreza. A população sente a falta de tudo um pouco, sem água, nem luz, sem saneamento básico a vida tornou-se num mero pedaço de sorte, que, quem o tiver, sobrevive.

 

Sabemos todo que, no século XX, Angola não conheceu a paz desde 1961 até 2002, primeiro em virtude da luta contra o domínio colonial português, depois como consequência da guerra civil que envolveu em 1975, os principais movimentos de libertação nacional. O poder político manteve-se na posse do Movimento Popular de Libertação de Angola desde 1975, embora o partido na oposição União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) tenha dominado parte do território até ao fim da última guerra civil em 2002.

 

No último período, todos eles nunca deixaram de usar os carros abaixo dos cinquenta mil dólares e ter uma vida de cinco estrela, (de luxo), será que só ao povo pertence a guerra? O dinheiro da Isabel e Tchizé dos Santos todas elas filhas do presidente angolano, ultrapassa dinheiro de uma província. De onde veio? Talvez um dia, no Tribunal.

 

Angola na prática é absolutamente uma terra afunilada. Há quem diga. Não será tanto pessimismo por minha parte? Não... porque, pode ser chamado ainda de um país sem direcção, nem perspectiva e sem funcionalidade. Hoje, o regime, a oposição, igrejas e a sociedade civil, padecem da “sacanice económica”. Quem se preza coerente fica vedado o crédito bancário, a casa no projecto, o carro gratuito e o tráfico de influência.    

 

Na verdade, o problema é só: Ventre (de onde vieram); a questão é a nova febre de elites, a famosa doença do estômago. A fome. Ninguém quer saber...!, sobre o que sabe? Ninguém quer se sacrifica para a maioria. São capazes de sangrarem por uma migalha de pão. A falta de ética nas suas actuações e reflexões como políticos e dirigentes é outra barbaridade.

 

A nossa aldeia, mais conhecida por bairro extenso, chamado Angola, é decepcionante para a maioria dos angolanos, não há quem se contenta com o que vê neste país. Uma parte ínfima deste território quase todos de nacionalidade adquirida ou duvidosa, mercantilizam os autóctones nas obras com um salário de 4.000 kwanzas mês.

 

Um Partido, obviamente surgirá na mente de todos os leitores o MPLA, porquê? Porque é o discípulo real de Maquiavel, MPLA tem a ética separada da política. Consegue ludibriar um povo heróico e corajoso, com cães e bicicletas, (o antigo rebuçado e o chicote de Salazar).

 

Os seus graxas, de vento em poupa vão despertando, principalmente, quando não lhes dão no molho de caçacaia e o ovo branco. Outros, mesmo assim, continuam com o sentimento de estado, mas, um estado já falhado e com características próprias. Resistindo as mudanças. Enforcando a verdade e afunilando o povo. Para os regimes isso é normal, porque a jibóia mesmo sem a cabeça, reage. Para esses Talvez um dia, no tribunal.

 

Um chefe, muito diferente de um Líder. O chefe, manda, faz e desfaz e não tem compromissos morais nem ético com ninguém. Pode dizer que em 2009 se vai realizar eleições presidenciais, chegando o período não da explicação a ninguém.

 

O chefe rege-se pelos princípios de que: eu sou, eu tenho e eu mando. Impõe princípios ilegais, subverte a lei, e impõem-se a nível de tudo e de todos não há quem lhe veta. Também, talvez um dia, no Tribunal.

 

Trinta e quatro anos de Independência, Angola – Um País, Um Partido e Um Chefe sua Excelência Presidente da República e Arquitecto da Paz Engenheiro José Eduardo dos Santos, depois de um forte Partido Único será fácil as novas adaptações? Foi ele que disse que: “os direitos humanos não enchem a barriga”, “a democracia nos foi imposta”, “eu também sou jogador”, “há correntes que defendem eleições indirectas”, “nós defendemos eleições atípicas”. No espírito de um chefe que manda num partido e um país chamado Angola.