Lisboa - A ministra da cultura, Rosa Cruz e Silva, reclama junto de altos dirigentes do MPLA, a cerca da linha editorial do Novo Jornal, com particular atenção aos textos de autoria do jornalista Gustavo Costa ao qual entende “serem piadas contra si”. Por razões desconhecidas, o Novo Jornal não publicou na edição passada (numero 95), um artigo de opinião do referido profissional escrito na coluna “Hora certa”.
Fonte: Club-k.net
Queixou-se ao “partido”
A direcção do Novo Jornal reuniu-se recentemente para analisar a “interferência da dirigente” . Nas reuniões internas na sede do Jornal foi identificado, na apreciação de uma das correntes, pareceres direcionados a atenuação da coluna do jornalista tendo em conta ao antecedente da reclamação de uma acionista daquela publicação que em fórum apropriado queixou-se de uma manchete do jornal “pouco favorável” ao MPLA.
No que refere a Ministra Rosa Cruz e Silva, são lhe atribuído desde que assumiu a pasta da cultura atitudes “partidarizadas”, que se juntam as observações a saber:
- Impedimento, em Novembro de 2008, de um documentário que apresentava a versão de cuba sobre a guerra do Kuito Kuanavale, num festival sobre cinema realizado ano passado em Luanda. A versão cubana do filme apresentava Fidel como o estratéga da batalha e não JES como a mesma aparenta defender.
- Em finais de 2008, afastou o musico Filipe Mukenka das funções de assessor do ministério da cultura tendo lhe retirado a viatura numa altura em que o cantor estava a recuperar de um acidente vascular cerebral.
- Rejeição de dados históricos da data da fundação do MPLA apresentada por Vicente Pinto de Andrade, numa conferencia em alusão ao nacionalista Mario Pinto de Andrade, em Agosto deste ano. Rosa Cruz aparentou não desejar “problemas” com o partido no poder tendo partidarizado a sua intervenção.
- Rejeição de premio de cultura a titulo póstumo a Veriato Da Cruz, devido ao seu passado de auto afastamento do MPLA de que foi fundador, a mesma chegou a submeter-se a consultas na sede central do partido no poder.
Rosa Cruz e Silva foi nomeada ministra da cultura em Outubro do ano passado, na altura a noticia da nomeação apanhou lhe desprevenida quando escutava noticiario no radio do carro. É por estas razões que sectores moderados do regime encaram que a sua nova atitude intolerante esteja relacionada a receios que venha a ser surpreendida com o mesmo procedimento como foi nomeada (sem ter sido dada a conhecer).