Luanda - O Conselho de Ministros de Angola aprovou na quarta-feira uma comissão multissetorial integrada por vários ministérios para trabalhar no reforço das medidas de vigilância epidemiológica face ao novo coronavírus, segundo um comunicado divulgado hoje.

Fonte: Lusa

A comissão multissetorial integra órgãos de Defesa e Segurança e ministérios das Relações Exteriores, do Comércio, da Comunicação Social, dos Transportes e do Governo Provincial de Luanda.

 

Entre as medidas de vigilância a reforçar destacam-se: rastreios nos principais pontos de entrada internacionais do país, através do controlo de temperatura, ações de formação nos principais pontos, orientações ao público em geral sobre regras e higiene, instalação de dispositivos para lavagem das mãos, disponibilização de equipamentos de proteção individual, intensificação da vigilância da gripe e reforço dos sistemas de alerta precoce e vigilância comunitária.

 

O comunicado refere ainda que o Governo angolano está a trabalhar com as autoridades chinesas na garantia de apoio logístico aos cidadãos angolanos residentes na cidade de Wuhan, particularmente aos estudantes.

 

Até ao final do dia de quarta-feira o número de mortos devido ao novo vírus era de 170 e os infetados eram de mais de 7.700 pessoas.

 

O novo coronavírus foi primeiramente detetado em dezembro na cidade de Wuhan, capital da província de Hubei, no centro da China.

 

O número de casos de infeção pelo novo coronavírus, designado provisoriamente pela OMS como "2019-nCoV", ultrapassa a cifra de contágios verificada com a epidemia da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), causada por um outro coronavírus, mas igualmente detetada na China e que se estendeu a outros países, em 2002 e 2003.

 

Além do território continental da China, foram reportados casos de infeção em Macau, Hong Kong, Taiwan, Tailândia, Japão, Coreia do Sul, Estados Unidos da América, Singapura, Vietname, Nepal, Malásia, Austrália, Canadá, Alemanha, França (primeiro país europeu a detetar casos), Finlândia, Índia, Filipinas, Camboja e Emirados Árabes Unidos.