Luanda - O Presidente do Conselho de Administração da RNA, Marcos António Quintino Lopes “Bujão” e o seu Administrador Financeiro, Fidel José Adão da Silva montaram na empresa vários esquemas de negóciatas que está irritar os restantes membros do Conselho, com excepção a Administradora de Conteúdos, Paula Marina Valério Alho Simons, por esta ter encontrado alternativas de comer mesmo dentro da rádio, mas fora do esquema do PCA e do seu colega Fidel.

Fonte: Club-k.net

Os esquemas das negociatas estão montados sectorialmente, mas os que mais dinheiro dão, por enquanto, ao Marcos Bujão e ao Fidel da Silva, são os das áreas da informática e da direcção de partimónio e compras.


Mal subiu ao cargo de Presidente do Conselho de Administração Marcos Lopes fez um nô que desarticulou de forma descarada a dependência do departamento de informática da empresa. Este departamento que sempre dependeu da administração técnica, era então transformda em gabinete/direcção, mas sob dependência directa do PCA. Na altura, tinha sido nomeado o locutor Nelson Nascimento para o cargo de director. Após a nomeaçãode Nelson, poucos dias mais tarde Marcos Lopes
celebra um “contrato” de prestação de serviço, directo e sem concurso, com Alfredo Jorge, um senhor que dizem gabar-se ser dos SERVIÇOS. O contrato conferia à Alfredo Jorge o estatuto de Consultor do PCA para questões de informática. Montado o esquema aparentemente obedecendo todos as regras e preceitos administrativos para com Alfredo Jorge, ao director de informática lhe é atribuído um salário de 500 mil kwanzas e ao passo que ao “consultor” Alfredo Jorge, Marcos Bujão fechava um contrato de 900 mil kwanzas mensais limpos. É por aí onde as coisas começam a complicar.


Nelson Nascimento sem coragem de falar na cara do PCA da tamanha desconsideração fica a lamentar a baixa voz entre os corredores. É que Alfredo Jorge não sendo funcionário da RNA e a usufruir um “salário” tão alto, o mais alto da RNA, sendo apenas suplantado pelos salários do PCA e dos Administradores, cria-se então um clima de clivagem silenciosa na empresa, e mas ainda pelo facto do consultor dar-se ao luxo de nunca aparecer na empresa, ou na pior das hipôteses dar a cara quando se lembrasse que o mês estava a acabar.

 

Fontes da direcção de informática dizem que o “perito” Alfredo Jorge, que também faz perninha no BNA, tem como prática baixar “orientações” técnicas à distância e ao telefone. O alto salário do ausente consultor, a protecção de que beneficia do PCA, a vaidade, as transações menos claras de aquisições de equipamentos informáticos e o menosprezo ( com razão porque ganha mais do que todos na RNA) aos técnicos do sector informático irritaria de forma ostensiva o director Nelson Nascimento, obrigando-o a abandonar o emprego, sem aviso prévio, e rumar à diáspora ( França) onde neste momento desenrasca a vida.

 

Com a saída sem aviso prévio de Nelson Nascimento, o caminho da negociata do trio Bujão-Alfredo Jorge-Fidel ficaria ainda mais escancarado. José Pinto informático do sector, amigo e colega de Cuba de Alfredo Jorge, é então promovido director, em substituição de Nelson. O nomeado passa então a funcionar como marionete. É ele que dâ o agreman (validação), com as suas assinaturas, às propostas de compras de equipamentos, sobressalentes e gastáveis inmformárticos que Alfredo Jorge lhe apresenta em proformas com especificações do artigo para adquirir, mas sem o respectivo valor expresso. É de sublinhar que no meio desta engenharia ressalta o facto das propostas nunca estarem assinaladas com os respectivos preços.  José Pinto, como pau-mandado, assina na hora, mesmo a contragosto, as propostas de compras que lhes são apresentadas pelo consultor Alfredo Jorge. Tudo num artifício de suposto cumprimento das normas. Uma vez assinadas pelo “director” , o consultor Alfredo Jorge sobe com as propostas ao PCA, seu sócio de coisas por esclarecer, e este também chancela o seu sim às “propostas”.

 

O Alfredo Jorge, sempre ele com as papeladas já assinadas pelo director-informático e pelo PCA, leva-os ao Director Elvis Timas, director de património e compras da RNA, um alegado estrangeiro com situação migratória por esclarecer ( tem residência em Portugal ). Timas, por sua vez, endossa as propostas/proformas ao director financeiro, Francisco Kuende para cumprimento imediato e obrigatório. Entenda-se pagamento aos fornecedores.


Com todo este circuito está a candonga, ou melhor, a roubalheira feita. Este Conselho de Administração usa métodos aparentemente limpos e legais. O movimento financeiro dos pagamentos têm sido tão intensos ao ponto de preocupar os operacionais da direcção financeira, sobretudo o seu director.


Na última semana de Janeiro, o movimento de Alfredo Jorge com facturas para José Pinto validar foi ainda mais intenso porque circulavam rumores da queda do Conselho.


Fontes das finanças e do departamento de compras garantem que a forma tão leviana usada para engar o estado é ao mesmo tempo tão amadora que qualquer fiscal ou auditor não teria grande trabalho para desmontar o circuito do engano. É no departamento de compras onde as coisas circulam. Com vista a encobertar os roubos, o Conselho de Administração fez na semana de 5 de Fevereiro movimentação de pessoal, tendol exonerado a chefe do departamento, uma senhora conhecedora do metier, tendo sido noemado para o mesmo Dpto um miúdo que procura seu lugar ao sol.


No fundo, tratam-se de vários actos criminosos em que todo o Conselho de Administração está envolvido, com raríssima excepção. Outros caminhos e circuitos das negociatas haverão de ser denunciados.


Para atenção do Ministério da Comunicação Social, da PGR, Ministério da Economia e de outros serviços de inspecção e fiscalização esta é apenas a ponta do iceberg de um rodízio de crime que está a afundar a Rádio Nacional de Angola.