Luanda - Calisto Pucuta, de 38 anos de idade, foi hoje, quarta-feira, condenado a 22 anos e 6 meses de prisão maior, acusado de transmissão dolosa de HIV/Sida.

Fonte: Angop

O Júiz de causa, João Cardoso Mandafama, indicou que o condenado deve pagar um milhão e 500 mil kwanzas a cada uma das vítimas infectadas, cujos nomes não foram avançados, e uma multa de 150 mil kwanzas em emolumentos.

José Quimpolo, advogado de Calisto Pucuta, disse que vai recorrer para encontrar justiça.

O SIC deteve em Abril de 2019, mediante denúncias Calisto Pucuta, indiciado no crime de transmissão dolosa de HIV/Sida, previsto no artigo 15ª da lei nº8/2008 de 1 de Novembro e punível no artigo 353 do Código Penal.

Desde 2013 que o cidadão Calisto Pucuta, através de aliciamento em moedas nacional e estrangeira (dólar), atraia jovens para manter relações sexuais sem protecção, mesmo sabendo ser um potencial portador do HIV/Sida.

Calisto Pucuta foi denunciado à polícia por três cidadãs, com idades compreendidas entre os 19 e 23 anos, que contraíram a doença depois de terem mantido relações sexuais com o seropositivo.

Dados indicam que de Janeiro a Março de 2019 foram diagnosticados em Cabinda 287 casos positivos, dos quais apenas 226 estão a ser acompanhados.

A unidade sanitária Santa Catarina, na localidade com o mesmo nome, é a vocacionada para o atendimento e tratamento de doenças contagiosas, entre as quais a tuberculose associada ao HIV/Sida.