Luanda - A UNITA introduziu, no dia 24 de Janeiro, uma providência cautelar que visa impedir a tomada de posse do novo presidente da Comissão Nacional Eleitoral (CNE), na próxima sessão plenária da Assembleia Nacional, agendada para quarta-feira, dia 19.

Fonte: JA

Enquanto não há uma resposta sobre o assunto, ontem, em conferência de imprensa do Grupo Parlamentar, o maior partido da oposição voltou a bater na mesma tecla, apelando às instituições do Estado para atenderem aquilo que diz serem as "expectativas dos angolanos" no que a lisura e transparência dos processos eleitorais diz respeito.


O apelo foi feito na voz do presidente do Grupo Parlamentar da UNITA, Liberty Chiyaka, que pediu a suspensão da eficácia da decisão do Conselho Superior da magistratura Judicial que, através de um concurso curricular, designou Manuel Pereira da Silva como presidente da CNE, em substituição de André da Silva Neto que se encontra em fim de mandato.


“Por ser a Assembleia Nacional, nos termos da Lei, o palco em que deverá ocorrer a investidura do ora indicado presidente da CNE, fazemos aqui, com este exercício, uma chamada de atenção para o risco deste processo", disse o deputado, referindo-se à selecção de Manuel Pereira da Silva que, na óptica da UNITA, estão eivados de ilegalidades.


Segundo Liberty Chiyaka, os "vícios de ilegalidade" que enfermam o processo foram, também, objecto de incriminações e denúncias públicas que "descredibilizam irremediavelmente o processo e denotam a existência de interesses privados ávidos de capturarem a CNE e sufocarem o interesse públicos".


Chiyaka considerou que a indicação de Manuel Pereira da Silva num processo manchado por ilegalidades e suspeitas de corrupção "abalam, irreparavelmente, a isenção e integridade do órgão CNE e dos processos eleitorais"