Luanda - Os docentes das principais universidades públicas de Angola, nomeadamente das universidades Agostinho Neto, 11 de Novembro, Katyavala Buila, Kimpa Vita, Mandume Ya Ndemofayo e Kuito Kwanavale, estão em vias de despoletar uma greve generalizada, pelo que consideram uma autentica falta de respeito por parte das entidades patronais, relacionadas com uma série de atitudes evasivas. (Ministérios do Ensino Superior, das Finanças e Reitorias) em relação ao pagamento dos subsídios que foram suspensos pelo antigo finado Ministro Adão do Nascimento .

Fonte: Club-k.net


Tudo se deve ao facto de entra ano, sai ano, estarem constantemente a ser manipulados antes, durante e no final das actividades académicas, no sentido de se protelar o pagamento dos referidos subsídios que muita falta fazem aos professores numa altura em que a moeda se desvalorizou e portanto o poder de compra diminuiu e os professores universitários vivem situações dramáticas para suprir as suas principais necessidades, tendo muitos deles estarem a viver situações pouco abonatórias em termos sociais.


O sindicato dos professores do Ensino Superior tem sido anualmente manipulado, embora esteja a procurar defender da melhor maneira os seus filiados, a impressão que existe é a de que está pouco activo, opaco e com algum comportamento dúbio, no que diz respeito a contundência com que deve abordar a problemática, com a entidade patronal e órgãos afins tendo em conta que existe uma orientação expressa do Sr. Presidente da República para se resolver o assunto com a maior brevidade possível.


O que se passa é que os referidos subsídios deviam ter começado a ser pagos de Janeiro até Março e até agora os docentes não viram a “cor do dinheiro” a que têm direito.


Tudo indica que mais uma vez se está a configurar uma manobra dilatória que se arraste até a abertura do ano lectivo no ensino superior publico, tendente a adiar o pagamento dos professores e com ele aumentar o sofrimento dos mesmos e impedi-los de realizar as suas aspirações básicas.


Neste âmbito docentes contactados afirmaram estar preparados para promover uma greve a escala nacional e de forma prolongada se os referidos subsídios não começarem a ser amortizados agora no mês de Fevereiro e concluídos em Março, antes do inicio do ano lectivo.