Luanda - Foi com bastante preocupação que a Friends of Angola (FoA) tomou conhecimento das agressões realizadas ontem dia 19 de Fevereiro contra grupos de cidadãos quando manifestavam junto a Assembleia Nacional, contra a tomada de posse do novo presidente da Comissão Nacional Eleitoral (CNE) Manuel Pereira da Silva “Maneco”.

Fonte: FoA

De acordo com testemunha incluindo a notícias vinculada por órgãos de comunicação social presente no local, a polícia não só usou a violência aos manifestantes, mas também agrediram jornalistas e lançaram duas bombas de gás lacrimogénio contra uma escola do ensino primário onde alguns dos manifestante se refugiaram.


Como consequência deste acto realizado pela policia Nacional, houve um tumulto no interior da escola, onde verificava-se crianças desmaiadas, a chorarem pelos pais enquanto outras eram transportadas para um outro quintal junto a escola.

Os cidadãos que passavam pelos arredores da Assembleia Nacional foram molestados por agentes da Polícia, que, carregavam com puretes contra todo ser humano que ai passava.


Os actos aqui evocados têm sido nos últimos anos recorrente por parte das autoridades Angolana, violando assim a Constituição da República de Angola no seu art. 47o e outras normas internacionais que consagram o respeito pelo direito dos cidadãos.


A FoA colabora com a actitude de protesto levada a cabo por este grupo de cidadãos por entender que, as instituições do Estado em particular as dos órgãos de soberania nacional devem se pautarem pelo estrito respeito a lei e a Constituição porque não é possível num pais que se diz ser democrático e de direito nomear para um cargo como a CNE um cidadão indiciado em

processo-crime no Tribunal Supremo. Essa actitude para além de desrespeitos aos anseios dos cidadãos em ver instituições serias, lesou gravemente as leis Angolana
Por fim, a FoA reitera as autoridades Angolana que ponham fim imediatamente às violações graves contra os direitos humanos e a Constituição da República de Angola, em particular, o direito de reunião, de manifestação pacífica e de expressão.

Luanda, 20 de Fevereiro de 2020