Luanda – Através das redes sociais militantes do MPLA (Paulo Guimarães e outros) estão a discriminar textos com teor de propaganda militar insinuando que o novo Presidente da UNITA, Adalberto Costa Júnior estaria a reabilitar antigos guerrilheiros do seu partido para ações violentas com vista a uma suposta “somalização de Angola.”

Fonte: Club-k.net

Por exigir  aprovação conclusiva do pacote eleitoral autárquico

Segundo os autores da propaganda, “Em 1992, em antevisão à divulgação dos resultados eleitorais, Abel Chivukuvuku, antigo membro da Comissão Conjunta Política Militar (CCPM), face à iminente derrota da UNITA, aviltrou: "Vamos somalizar Angola". Volvidos quase 20 anos, a retórica do belicismo político, parece regredir ao ADN de Adalberto Costa Júnior.”

 

Os autores dos escritos sugerem que a alegada mobilização de ex- guerrilheiros – por parte de Adalberto - seria “No quadro da estratégia adoptada para pressionar o Executivo e o Parlamento (do qual faz parte), para aprovação conclusiva do pacote eleitoral autárquico, e, consequente realização de eleições neste ano”, por isso segundo acusa o MPLA “ACJ pretende a partir do mês de Março levar a cabo uma onda de manifestações violentas pelas principais cidades do país”.

 

Ainda segundo os autores dos escritos, os antigos guerrilheiros seriam provenientes do Kuando Kubango. Entretanto fonte da UNITA contactada desvalorizou a retorica dizendo não fazer sentido, uma vez que os seus antigos combatentes estão, velhos, na casa dos 60 anos de idade preocupados com a sua saúde.

 

Segundo a mesma fonte, há neste momento um trabalho levado a cabo pelo secretario da UNITA para os antigos combatentes, general Kamalata Numa que visa cadastrar os antigos combatentes de forma a poderem beneficiar das suas reformas na Caixa Social das FAA como manda a lei.

 

De 57 anos de idade, Adalberto da Costa Júnior, tornou-se o terceiro presidente da UNITA, o principal partido da oposição angolana, depois do fundador Jonas Savimbi, e do líder da transição, Isaías Samakuva.

 

A imprensa internacional tem lembrado que o facto de não ter sido guerrilheiro, dificulta, por outro lado o seu adversário MPLA, recorrer a frequente propaganda de guerra e associa-lo a ações violentas. Adalberto da Costa Júnior viveu no exterior do país como embaixador de Jonas Savimbi, tendo regressado ao país depois do fim do conflito armado.