Lisboa – Nomeada em Novembro de 2019, pelas mãos da ministra das finanças de Angola, a nova PCA do Banco de Comercio e Industria (BCI), Zenaida Gertrudes dos Santos Ramos Zumbi está assinalar os primeiros 100 dias da sua gestão com registros de fortes contestação por parte dos funcionários que acusam-na de “estar a dar continuidade da desorganização do seu antecessor ”.

Fonte: Club-k.net

Falta de experiência  e nomeações na base de “amiguismo” 

Zenaida Gertrudes dos Santos Ramos Zumbi, tornou-se aos 42 anos de idade a primeira PCA de um banco estatal em Angola. Diz-se que trabalhou antes no Banco Prestige, mas é no BCI que acusam-na de estar a liderar a instituição recorrendo ao “autoritarismo” e a transformar o banco em “infantario” ao promover quadros na base do amiguismo.

 

“A PCA, Zenaida Zumbi é uma miúda de  42  anos, comadre da ministra Vera Daves que a nomeou para este cargo.  Estão a fazer daquilo um infantário. Ela (PCA) tem uma amiga que se chama Amélia Lopes que trabalhava no DRH como uma simples técnica e foi nomeada como Directora Adjunta de gabinete desta PCA, que são amigas”, descreveu uma fonte.

 

Segundo a fonte “A situação no BCI pode conduzir para um afundar da instituição, pouco mais de 100 dias após a entrada em funções desta nova administração liderada por uma jovem que dizem ser autoritária”. “Como é possível um banco público admitir mais de 50 pessoas em menos de 100 dias sem abrir postos novos? Todas áreas de direção tem assessores novos?”, questionou a fonte.

 

“Os quadros seniores do BCI estão a ser marginalizados, clamam por socorro, único banco público que deu lucro ano passado , está a beira da falência. Precisa-se de alertar as autoridades com máxima urgência que o BCI se continuar com essa administração  de miúdos sem experiência, cairá na beira da falência. Como é possível tamanha desordem num banco Público de tamanha dimensão?” lamentou

Em conformidade com varias denuncias chegadas a redação do Club-K, os trabalhadores do BCI, descrevem a situação actual no banco pelo seguinte resumo a saber:

- Os quadros séniores da instituição estão a ser todos marginalizados;


- Em tão pouco tempo, sem fazer a avaliação e o devido aproveitamento dos quadros da “casa”, assiste-se a contratações em massa de consultores para a administração;

- Está em curso a admissão exagerada de técnicos sem qualificação, como se estivessem numa empresa privada, onde o novo patrão prescinde de todos os técnicos antigos sem fazer uma avaliação da competência dos mesmos;

- Sem anuência da ministra das finanças, a nova administração decidiu fazer atribuição de salários exagerados a trabalhadores recém admitidos, muitos descritos como sem capacidade técnica para melhorar o desempenho do banco que deverá ser privatizado lá para o ano 2022.

- O Banco esta a funcionar sem uma tabela salarial fixa. Ou seja os salários são atribuídos por critérios desconhecidos.

- A nova administração levou para o BCI um número exagerado de consultores estrangeiros da consultora Delloitte que estão a fazer trabalhos elementares que no ponto de vista dos trabalhadores, “os jovens angolanos podem fazer”.

 

Segundo os vários denunciantes, a “desarrumação” a que se assiste no BCI, “não é do conhecimento da Ministra que nomeou a nova PCA no intuito de se proceder a uma reestruturação de alto nível”. Alegam que “a confusão é tanta que os administradores não trabalham com os directores. Dão ordens directas aos técnicos das diversas direcções.”