Luanda - A comissão instaladora do Partido do Renascimento Angolano -- Juntos por Angola Servir Angola (PRA-JA Servir Angola) reuniu mais de 8.569 assinaturas que foram apresentadas ao Tribunal Constitucional angolano, numa segunda tentativa de legalização da força política liderada por Abel Chivukuvuku.

Fonte: VOA

Para esclarecer em que fase do processo e que expetativas o PRA-JA Servir Angola tem no que toca ao seu futuro, o convidado do Angola Fala Só desta sexta-feira, 28 de fevereiro, foi Abel Chivukuvuku.


Para o líder político falta em Angola uma "força política de servidores, cuja missão principal é servir o angolano e não a busca de tachos".


Chivukuvuku, que iniciou as suas lides políticas na UNITA e mais tarde criou a coligação CASA-CE, está agora a desafiar os angolanos a acreditarem numa nova formação política, que está a encontrar dificuldades em estabelecer-se como tal.


Muitos ouvintes e internautas questionaram, por isso, se o ideal não seria voltar à UNITA e unir forças para enfrentar o MPLA, partido no poder.


O também coordenador da Comissão Instaladora do PR-JA diz no entanto que não razões para que o seu partido não seja legalizado e que cada partido tem a sua própria identidade.


"O mais importante do meu ponto de vista não é juntar pessoas como se fossem um rebanho. O mais importante é garantir a identidade dentro das forças políticas - o propósito. As pessoas fazem política porquê? Eu já provei que não faço política pelo tacho", disse Chivukuvuku, justificando que quando foi eleito em 2012 e 2017 não ficou no parlamento, mas andou pelo país a viver com o cidadão.


Respondendo às várias questões de ouvintes e internautas sobre o estado do país, o convidado do Angola Fala Só disse que Angola é um país rico mas com muita juventude desempregada porque tem tido décadas de um governo corrupto.


Chivukuvuku reconhece, por isso, "que o sistema não muda com facilidade", mas é "preciso encorajar o Presidente o João Lourenço", que ele diz ter muita coragem para expor a corrupção no país.

No debate com os ouvintes e internautas, o convidado apresentou ainda as suas ideias sobre a educação, saúde e questão de Cabinda.