Cidade do Cabo - Exmo Sr: Joao Manuel Gonsalves Lourenço. Presidente da República de Angola.

Fonte: CECA


Assunto: Pedido de intervenção para documentação de Angolanos (África do Sul) Os nossos maiores comprimentos.

O Congresso de Estudante e Comunidade Angolana(C.EC.A), é uma organização cívica independente e não lucrativa, fundada aos 17 de Marco de 2004, na República da África Sul(Cidade de Cabo), com objectivo de advogar os direitos dos Angolanos dentro e fora do país.

V. exa Sr: Presidente é importante salientarmos, que o conselho de direcção da organização, acima citada decidiu que, séria necessária escrevermos-lhe uma carta aberta, por sabermos que, se ela fosse enviada por canais oficiais, teria sido bloqueada e com certeza não chegaria em suas mãos. Usamos este meio por ser um dos bons veiculo para podermos esclarecer a triste realidade que afecta direitamente à nossa comunidade residente neste país.

Trazemos para a sua atenção uma das maiores preocupações, que está comunidade vive, Isto, porque hoje conseguimos perceber e aceitamos, que, o senhor presidente têm estado a servir o nosso país, com humildade e princípios. Vimos-lhe como um real democrata e servente do povo, um homem, que têm estado lutando contra as injustiças tais, como corrupção, nepotismo, abuso de ofícios públicos e tantas outras doenças sociais crônicas que assolaram e continuam assolar, destruir os valores morais e éticos da nossa população e da a nossa nação em particular

Excelentíssimo Sr: Presidente, a triste realidade, que trazemos para sua atenção é o problema da documentação dos nossos compatriotas nesta terra. Os primeiros grupos de refugiados entrarem na República da África do Sul, foram Angolanos, isto é começou-se no início dos anos 1990, em diante, em 1994, após as primeiras eleições democráticas foram oficialmente reconhecidos como refugiados, integrados e aceites nas mais diversas comunidade deste país. Depois da integração muitos casaram-se com nacionais alguns preferiram viver maritalmente e vivem até hoje. Mais a realidade é que muitos compatriotas hoje tem netos e os netos estão mais bem documentados doque os pais e avós(ôs), devido serem filhos de Angolanos e nacionais.

Importa-nos dizer, que temos uma comunidade , com compatriotas bem-intencionados, não estão engajados em actividades ilegais, existem famílias bem estruturadas, estudantes há todos os níveis com boas aceitações e homens com negócios bem estabelecidos.

Em 2012, fomos surpreendidos, os meios de difusão noticiavam que, os refugiados angolanos seriam deportados para o país de origem. Aproximamos o departamento de emigração da África do Sul para esclarecerem os motivo da deportação massiva de Angolanos, os oficiais diziam-nos que erá ordem do nosso governo, contactamos as autoridades Angolana( consulado Angolano),diziam-nos, o contrário foi decisão do governo local(Sul Áfricano),assim sucessivamente, e ao ponto de não sabermos, onde nos dirigirmos- nos.

Em 16 de Maio 2013 através de métodos constitucionais, o congresso de estudante organizou uma marcha pacífica em frente da assembléia nacional deste país, na cidade do cabo, exigindo esclarecimento da deportação massiva de refugiados Angolano, em 31 de Maio do mesmo ano, engajamos - nos com a então ministra dos assuntos internos, que esclareceu-nos, que não haveria deportação mais que os antigos refugiados haviam de beneficiarem de 4 categorias de vistos e as nossas autoridades haviam de mandar uma equipa para emitir passaportes para está grande família Angolana abandonada. Emitiram- se os documentos(passaportes), mais muitos chegaram depois da data prevista do encerramento do processo de vistos. Significa dizer, muitos compatriotas ficaram sem vistos, devido não obterem os documentos em tempo. Houve compatriotas que não queriam parmanecer ilegais, voltaram abandonando suas famílias outros (as), preferiram parmanecer para cuidar de seus familiares. Os vistos foram concedidos e perderam validade em dezembro de 2015.


Em 2015 e 2016, começamos uma outra batalha para a renovação dos visto, mais nesta altura e porque nós, não possuíamos recursos financeiro aproximamos uma organização congênere, com suficiente recursos financeiros e humanos para juntos trabalharmos e darmos solução ao problema que realmente, enfrentávamos e continuamos há enfrentar, foi assim que tentamo-nos engajar, com as autoridade Sul africana no sentido de persuadir- lhes para legalizarem os nosso compatriotas, visto que a nossa comunidade tem dado uma positiva contribuição na vida social e econômica deste país. Com autoridades Angolana o engajamento têm sido constante e sempre dissemos e (citamos), os problemas que Angola vive não só pertence aos Angolanos que lá estão, mas sim há todos nós Angolanos incluindo a diáspora e os problemas dos Angolanos na diáspora pertence há todos nós até aqueles que representam-nos diplomaticamente e juntos devemos procurar soluções para os mesmos. Mais isto não é o que realmente eles os diplomatas pensam. Eles tratam-nos como cidadãos de (2),segunda classe e sem direitos . Os seniores diplomatas esquecem-se que são serventes públicos e que também teem a obrigação de servirem os compatriotas na diáspora, mais não o fazem.


Por exemplo: Ao aplicarmos para um passaporte, o mesmo leva-nos(6), à (1), ano para obtermos e em muitos casos não vêm, está demora faz-nos ilegais no país.
V. exa Sr: presidente gostaríamos de descrever um dos cenário, que aconteceu ano de 2018. Neste ano fomos informados que o Sr: Presidente República visitaria África do Sul pela (2) vez, aproximamos o consulado de Angola engajamo-nos com eles e pedimos-lhes que exprimissem os problemas que afectam a inteira comunidade Angolana aqui. Os mesmos disseram-nos olha não e problemas todos sabemos das preocupações da comunidade isto estará na agenda do presidente e quando o mesmo falar com o seu homologo tratarão da situação.

Após o regresso do Sr presidente, disseram-nos que a visita foi rápida e nem deu para abordar tudo, o que significou que as nossas preocupações não estavam no centro das atenções deles, e que pareceu-nos que não estava na à agenda. Outro grave problema é que nosso o corpo diplomático, apenas convidou membros do partido MPLA, para participarem na cerimônia de bem vindas, como lideres das comunidades Angolanas neste país, quando não eram, foram eles que fizerem algumas perguntas à V. exa Sr presidente alegando que eram lideres das comunidades quando na verdade eram todos eles secretários e membros do MPLA, neste país. Realmente está é atitude que os diplomatas Angolanos até agora tomam, se os lideres das comunidades ou organizações não tem nenhuma relação com os membros do partido no poder, os mesmos(as) não são convidados em actividades organizadas por eles. Por isso é que nenhum dos lideres, teve a oportunidade de apareceu para podermos exprimirmos junto do Sr: presidente os problemas que vivemos neste país.

Sr: Presidente este e o último cenário e aconteceu o seguinte:

Em 20 de Novembro de 2019, escrevemos para V.exa Sra embaixadora Filomena Delgado, de facto ela têm conhecimento dos problemas que à comunidade vive isto porque em 12 de Maio de 2018 ,num encontro que manteve com lideres das comunidades lhe foi esclarecida os problemas que, como comunidade confrontamos. E na carta endereçada para Sra embaixadora, perguntamo-lhe se existia vontade por parte dela em resolver a questão de documentação. A carta foi canalizada oficialmente via electrónica e muito respeitosamente pedimos, que fosse respondida num período de 15 dias. A embaixada notificou-nos a reccepção da carta dia 26 de Novembro, as 16.47m a e diziam o seguinte:

Citamos,(Boa tarde. Somos a acusar recepção e informar, que o documento foi encaminhada para o gabinete de S.E embaixadora Filomena Delgado.

Dia,13 de Dezembro de 2019, as 14.31m, recebemos um telefonema de um compatriota amigo do congresso de estudante, que dizia o seguinte e citamos,(Alguém da embaixada telefonou-me e disse me, que terá um encontro com o governo Sul Africano em relação a documentação dos Angolanos e queria saber muito mais em relação à este assunto, mas eu disse-lhe, que a pessoa que lhe pode dar-te esta informação é o líder do (CECA), e o compatriota perguntou, se séria possível passar o contacto telefônico do líder ao senhor? O líder do(CECA), responde ao compatriota, se o assunto é relacionado com à comunidade da-lhe).

As 19.11m, o senhor telefonou e identificou-se como sendo Eduardo Kondwa, secretário da embaixada de Angola, na qual os mesmos tiveram uma conversa de cerca de 12.32segundo, no decorrer da conversa o Sr Eduardo Kondwa, disse que precisava de informações à respeitos dos problemas que à comunidade vive. O líder do congresso respondeu, nós mandamos uma carta à embaixada com toda informação o Senhor, não têm conhecimento da carta? Ele disse, não, não tenho. O líder do congresso disse, à embaixada acusou a recepção da carta dia 26 de Novembro2019 as 16.47m,o Sr: não tem conhecimento disto? O mesmo replicou não, não tenho. O líder disse-nos colegas o secretario da embaixada não têm conhecimento da entrada de um documento oficial na embaixada, que o mesmo está a secretariar. Sem receio passamos toda informação necessária ao Sr: kondwo para poder ir a reunião, apenas pedimo-lhe que enviasse-nos uma cópia do resultado do encontro via email . O mesmo, não o fez e preferiu mandar a cópia do resultado da reunião ao secretário do partido MPLA, na cidade do cabo. O mesmo ignorou-nos mandar a cópia do resultado via email e até via whatsapp, que foi a via, que lhe foi enviada os dados. Dia 23 de Dezembro de 2019, por volta das 12h00 o Sr: kondwa voltou a telefonar o líder do congresso, na qual tiveram uma conversa que durou cerca 12.75seg. dizendo o que (citamos) ,o encontrou correu bem negociações ainda não terminaram.

O líder do congresso respondeu-lhe ( se as negociações não terminaram o por quê da nota de imprensa que vocês, meteram a circular? Não houve resposta por parte do senhor.


V.exa Sr: presidente a nota de imprensa que a nossa embaixada pós a circular aqui e em Angola é a resposta da carta, que o congresso escreveu para a Sra: embaixadora Angolana e de acordo as informações obtidas, o encontro que o Sr kondwa teve com as autoridades locais não foram de caracter negociáveis mais sim informativos(saber dos vistos e suas condições).E em relação as notas de imprensa, essa e a segunda em que elas dão falsas informações. A 1 nota dizia o seguinte, isto e no período da xenofobia(citamos), a xenofobia não afecto os Angolanos e que os mesmos estiveram em contacto com com os lideres das comunidades Angolana. Ė uma informação totalmente falsa porque este fenômeno de facto afectou-nos, não se podia ir-se para as escolas ou local de trabalhos, foram dias difíceis, e o certo não houve fatalidades mais afectou-nos. E em relação ao contacto que eles disseram que tiveram com os lideres das comunidades também foram falsas, nenhum líder da comunidade em, Joanesburgo, Pretoria e cape town esteve em contacto com a embaixada Angolana.

A( 2)segunda é a famosa nota imprensa em, que eles disseram ,que foram negociar, quando realmente foram para uma reunião de caracter informativo. Tudo isto so acontece quando um determinado governo não têm interesse para com o seu povo. Precisa- se que sejamos informados com honestidade e não mentiras. Não culpamos os que fazem as notas de imprensa mais, sim a ou as pessoas que autorizam a divulgação de falsas informações.


Importa-nos dizer que a embaixada deve criar programas reflectivos para responder as necessidades dos membros das nossas comunidades e criar r um ambiente positivo de trabalho ,com homens de habilidades para comunicações e construir uma relação saudável com os membros da nossa comunidade. Sr: presidente os diplomatas Angolanos aqui, ainda trabalham como na antiga administração, não querem ajudar-te fazer de Angola, uma nação progressistas onde os governantes devem servir o povo. Estes diplomatas não estão e nunca estiveram interessados a engajarem-se com as comunidades para conhecerem os problemas das mesmas comunidades. Os problemas das nossas comunidade nunca estão no centro das atenções deles, são totalmente ignorantes. A nossa carta até hoje não foi respondida usaram à nota de imprensa como resposta.

Por esta razão que viemos muito respeitosamente pedir a V.exa Sr: presidente da república no sentido de intervir e persuadir as autoridade deste país em documentar propriamente os nosso compatriotas antigos refugiados. Ano passado Angola, deu nacionalidade à alguns estrangeiros e as nossas autoridades nem sequer aceitam discutir para documentarem propriamente os nossos compatriotas neste país.


Acreditamos e confiamos que o nosso pedido receberá a sua imediata atenção.

Sem mais outro assunto de momento aproveitamos a vontade de expressar os votos da nossa estima consideração. Muito obrigado pela sua atenção.

Para mais info: email Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.

CONGRESSO DE ESTUDANTE E COMUNIDADE ANGOLANA EM CAPE TOWN AOS, 2 DE FEVEREIRO DE 2020.

Conselho de Direcção do CECA

Manuel Panzo (Nelo Ponzo)