Sumbe – O facto foi tornado público em conferência de imprensa pelo secretário provincial da UNITA do Kwanza Sul, depois do périplo efectuado por toda extensão da província. Armando Manuel Kakepa diz ter constatado inúmeras irregularidades no funcionamento de quadros ligados as comissões municipais eleitorais por falta de quase tudo e como se não bastasse, dois municípios nomeadamente o Mussende e Seles não têm instalações próprias.

Fernando Caetano
Fonte: Club-k.net
Actualmente as tais instituições estão funcionar em escombros, dando a entender e pelo arrastar do tempo, que a Comissão Provincial Eleitoral faz ouvidos de mercador ante as dificuldades que os quadros das comissões municipais eleitorais enfrentam diariamente.

“Deploramos a falta de condições materiais e financeiras em todas comissões municipais eleitorais. O mais agravante é ver os municípios do Mussende e Seles sem instalações de trabalho e actualmente funcionam nos edifícios da era colonial e em péssimas condições”, disse.

Realçando que ninguém poderá ir a Presidência da República ou Assembleia Nacional sem levar o carimbo daquela casa ou instituição mas, “é esta instituição que pouca atenção se dá. Até um simples fax, os funcionários têm de se deslocar para administração municipal”, lamentou, acrescentando que "se queremos processos eleitorais limpos, transparentes, justos, é dever do Estado angolano munir as comissões eleitorais com condições materiais e financeiras dignas”.

O político encorajou o papel que tem sido exercido pelas igrejas na conquista e manutenção da paz, feitas em orações para que os cadentes problemas que assolam a província do Kwanza-Sul encontrem solução para o bem-estar das populações.

“Encorajamos o papel da igreja na conquista e manutenção da paz em Angola bem como em orações quotidianas pedindo a Deus para que os problemas cadentes desta província encontrem soluções pois, com a mão do Senhor, os governantes lembrar-se-ão que finalmente têm vindo a sacrificar este povo do Kwanza-Sul”, frisou.

Lembrar que a CNE a nível nacional tem gizadas políticas há já alguns anos e disponibilizado verbas para construção de raiz de edifícios em todas as províncias e municípios, oferecendo assim condições aceitáveis aos seus funcionários. Sabe-se que para o Kwanza-Sul esta verba foi cabimentada e foram construídos edifícios apenas em dez municípios deixando o Mussende e Seles sem infra-estruturas.

Os meios rolantes para o exercícios das actividades diárias não estão a ser empregues como está estabelecido na Lei Eleitoral ou seja, maioria dos municípios não beneficiam desses meios e mais de duas dezenas de comissários eleitorais tanto provinciais como municipais andam a pé sobretudo os que são oriundos de partidos políticos de oposição.