Lisboa – O general angolano na reforma Bento dos Santos “Kangamba” solicitou recentemente aos seus assessores jurídicos para que lhe apresentassem  possíveis  modalidades no sentido de avançar com um acto de reparação pelos excessos ocorridos na sua recente detenção na província do Cunene.

Fonte: Club-k.net

AVIÃO QUE O TRANSPORTOU TEVE PROBLEMAS  AO SOBREVOAR PELO  CUANZA SUL 

Kangamba foi detido no passado sábado (29) na zona do Xangongo, na província do Cunene ao fazer o trajecto para a província da Huíla, em negócios. Não obstante ter sido detido “sem culpa formada” ou “sem mandado de detenção”, a sua assessoria entende que a detenção impossibilitou-o de dar seguimento a agenda (negócios) que tinha por  cumprir na região mais ao sul do país provocando-lhe “custos” não declarados.

 

O também líder do Kabuscorp do Palanca que é avesso a avião, foi no período da tarde do mesmo dia, transportado para Luanda, por uma aeronave da Força Aérea Nacional (FAN) requisitada por alega "ordem superior". Durante o trajecto Ondjiva/Luanda, a aeronave, devido a imprevisões de cálculos dos pilotos esteve perto de despenhar na zona do Cuanza Sul, deixando os passageiros (Kangamba mais dois agentes do SIC) em estado de trauma. Não está claro, se   o problema apresentado pela aeronave, naquela zona,  deveu-se ao mal tempo  ou se foi falta de manutenção  visto que a aeronave foi enviada ao Cunene as pressas. Terá, sido este episódio da  aeronave que avolumou a convicção do general de que iria avançar com um pedido de reparação pelo que a viagem e todo incidente lhe causou. As autoridades também ainda não se pronunciaram sobre a eventual abertura de um inquérito para apurar o abalo  que a aeronave que transportou Kangamba teve ao sobrevoar a zona do Cuanza-Sul.

 

Já em Luanda, Kangamba passou duas noites no hospital de São Paulo mas seria na segunda-feira, seguinte que foi ouvido durante duas horas numa sessão que iniciou as 12h da tarde. Apesar de ter estado despachado por volta das 14h, Bento Kangamba foi apenas liberado quando eram 19h. O atraso deveu-se que o levou a se manter por mais tempo na sede do DNIAP, onde foi ouvido deveu-se a ausência de carimbo no papel de mandado da sua soltura. Segundo apurou o Club-K, o carimbo neste dia, estava fora da instituição. Ou seja foi levado a casa do Procurador para poder estampar o “mandado de detenção”, depois que os agentes do SIC no Cunene terem telefonado a  informar   que o general esteve a reclamar que fora detido sem algum mandado.

 

Quanto ao procurador, Wanderley Bento Mateus que assinou a sua detenção, o general transmitiu aos seus defensores oficioso que não tenciona intentar ação pessoal contra o mesmo, no acto traduzido por “perdão” aos operadores de justiça. “É triste a humilhação por que eu passei, mas devemos apelar que a justiça se organize melhor", disse o general na sua primeira entrevista a Radio americana VOA depois de sair da prisão.

 

Por outro lado a media angolana avançou que Kangamba e a vitima da burla que originou a sua detenção, no último fim-de-semana, chegaram a entendimento para o pagamento total da divida. Em declarações hoje à imprensa, Bento Kangamba informou que as partes conseguiram chegar a entendimento, depois de um encontro realizado quinta-feira última, na sede da Procuradoria-Geral da República (PGR), em Luanda.