Luanda - O Presidente do MEA - Movimento dos Estudantes Angolanos, que falava recentemente à Comunicação Social após uma conferência de imprensa realizada em Luanda pela JURA, JURS, e MEA, disse que, “O Estado viola quando a criança começa a estudar a partir dos 5 anos”.

Fonte: KUP

Segundo Francisco Teixeira, “A Lei de base da educação no artigo 11 é muito clara: as crianças devem começar a estudar a partir dos 3 meses de vida, até aos cinco anos deve fazer quê: a educação da primeira infância; ela deve ser feita em jardim e em creche”.


“Mas, infelizmente, nós queremos levar as crianças, os pobres estudarem a partir dos 5 anos; quando os filhos dos nossos dirigentes, tu vais para escolas portuguesa, vais para as escolas francesas os filhos dos nossos dirigentes começam a estudar a partir dos 3 meses de vida até aos 5 anos, depois é que entra para iniciação. Porque, está provado cientificamente que as crianças aprendem melhor na tenra idade”, acrescentou.


O líder juvenil considera que a educação angolana não tem saúde, defendendo também que o país está distante de atingir o compromisso assumido no Fórum Internacional sobre a Educação decorrido em 2000, em Dakar.


“Não temos saúde, nós estamos doentes, estamos em coma. Estamos em coma porquê? Porque, Angola se comprometeu no último encontro internacional sobre a educação em Dakar, que podíamos atingir até 2015 a educação de qualidade. Mas nós estamos distantes. Os estudantes não têm transportes públicos, pagam nos transportes públicos; os estudantes não têm: há uma escola que ficou 3 dias sem estudar, 3 dias sem aulas porque não tinha giz; há escolas que não têm empregada de quarto de banho, os quartos de banho ficam encerrados, as crianças têm que fazer necessidade em casa”.


Para Francisco Teixeira o investimento do Estado Angolano na Educação fica muito a quem daquilo que a gente precisa para ter uma de qualidade.


“Quando Angola participou nesse encontro internacional sobre a educação em Dakar em 2000, Angola comprometeu-se: esses países todos, os 181 países que participaram, comprometeram-se em dar 20 por cento do seu orçamento para a Educação. Angola dá 7 por cento”.


“O Plano Nacional para o Desenvolvimento, por exemplo, o que o Presidente João Lourenço apresentou, falava que em 2019, o governo devia dar 15 por cento para o sector da educação e em 2020 atingir 20 por cento, mas nós estamos em 6, 8 por cento para a educação. Então, o investimento ainda fica muito a quem daquilo que a gente precisa para ter uma educação de qualidade”, disse o responsável juvenil.