Huíla - Nos dias actuais, fruto do imediatismo dos profissionais e da juventude no geral (inexperiente no mercado do trabalho), algumas organizações, oferecem boas condições laborais, boa remuneração, um estatuto digno e, encontrapartida um inferno de ambiente laboral, passo o termo. Notamos profissionais bem vestidos, com um sorriso fora de ser, mas por dentro, muitas lágrimas por conta de destratos, humilhações, falta de uma comunicação saudável dentro da instituição, dentre outros.

Fonte: Club-k.net

Nesta conformidade, limitado em tomar decisões de desligar-se da organização, devido ao agregado que tem a sustentar, a imagem que já passou a sociedade de ostentação, a escassez de emprego no mercado de trabalho e muito mais.


O empregador, olhando para estes triunfos, humilha, maltrata, avalia negativamente o colaborador por conta de seu capricho e, este, olhando pelos elementos condicionantes atrás referenciados, limita-se a obedecer, humilhar-se, pedir favores, como se tivesse na realidade a fazer favor e, não a prestar uma actividade profissional. Lamentável.


A título de exemplo: ouvimos linguagens como; “eu é que sou chefe, eu é que mando, a sua continuidade nesta organização, depende do meu paracer na avaliação de desempenho”. O contrário também já aconteceu, responsáveis com estes comportamentos também já foram humilhados: “Exonerados e demitidos”. Lembro-me como se de hoje se tratasse, um caso específico, no nosso País - Angola,

responsável com o comportamento em referência, perguntou ao seu superior. Chefe, fui exonerado? O responsável respondeu: passou me despercebido em comunicar-lhe. Mas, é um facto. Estás exonerado.


A pergunta que não quer se calar é a seguinte? Quem promove ou incentiva estas más práticas dentro das organizações? A resposta parece tímida, mas real, da mesma forma que os empregadores avaliam os seus colaboradores, as entidades de direito também deveriam fazer avaliações a estas organizações (ferramenta da análise do clima organizacional), de modo a ferir a realidade da convivência interna nestas organizações e o inferno que lá se vive, por conta das condições laborais, status, caprichos e má educação de certos responsáveis.


Na minha humilde opinião, deveria haver fortes sanções por parte das instituições de direito, para as instituições que assim o procederem. Parece ironia, por falta de ética e deontologia profissional, a má preparação dos responsáveis ao entrar nestas organizações, através de um plano de integração das regras escritas e não escritas destas organizações, o nepotismo, a conveniência, o tráfico de influências, avaliação de desempenho profissional, obedecendo as regras convencionais, a falta de documentos orientadores em algumas instituições como: “Código de conduta, manual de assédio sexual no local de serviço, regulamentos interno e a ferramenta de avaliação do clima organizacional a todos os níveis”. A falta destes documentos chaves e não só, ajudam a infernizar os colabodores destas organizações.

Isto para instituições públicas e privadas e partidos políticos. Lembrar que, ambos presseguem objectivos (o empregador e o empregado) o último objectivo da instituição é a boa imagem no mercado e, do empregado é o orgulho da instituição. Em gesto enfase, dizia, Rosália Del Cáudio e Paulo Leal, passo a citar: “A experiência positiva ou negativa que um sujeito tem ou teve com a organização é para sempre. Ele continuará a ser formador de opinião, mesmo como ex-empregado”. Fim de citação.

Dizia Rei Salomão, e eu passo a citar: “O homem que se afasta no caminho da compreensão, permanecerá na companinha dos mortos”. Fim de citação.


Nesta conformidade, deixa-se aqui um conselho, para além das formações legislativas, de melhoria do desempenho das organizações, deve-se promover formações sobre liderança virada a melhoria do clima de trabalho nas organizações, que obvjectiva a maior satisfação, felicidade, respeito e boa imagem da organização no mercado, para além da sustentabilidade e productividade. Aí, fica a recomendação das nossas instituições de direito, a regaçar as mangas nesta empreitada, de modo a evitar ou diminuir o inferno do clima laboral que existe nas nossas organizações.

Samuel Paulino Pedro