Luanda - O fundador do projeto político PRA-JA Servir Angola, Abel Chivukuvuku, vai cumprir em casa a quarentena imposta pelas autoridades angolanas a cidadãos nacionais ou residentes estrangeiros provenientes de Portugal, devido ao novo coronavírus, confirmaram hoje fontes à Lusa.

Fonte: Lusa/NJ

O coordenador da comissão instaladora Partido do Renascimento Angolano – Juntos por Angola (PRA-JA) Servir Angola chegou hoje a Luanda, proveniente de Portugal, e terá conseguido abandonar o aeroporto 04 de fevereiro mediante uma autorização especial, igualmente concedida a funcionários do Governo, avançou o Novo Jornal.

 

A Lusa, que tentou contactar Abel Chivukuvuku, confirmou junto de duas fontes que a quarentena será feita em casa.

 

Abel Chivukuvuku foi até fevereiro do ano passado o líder da Convergência Ampla de Salvação de Angola – Coligação Eleitoral (CASA-CE), a segunda maior força da oposição angolana.

 

Na terça-feira, Angola anunciou que iria alargar a quarentena, por um período mínimo de 14 dias, já imposta a viajantes provenientes da China, Coreia do Sul, Irão, Itália a "todos os cidadãos nacionais ou residentes, que em qualquer momento, no decurso desta pandemia, tenham estado em países com transmissão comunitária”, incluindo na lista Portugal, Espanha e França.

 

Segundo o comunicado divulgado na altura pela Comissão Interministerial para a Resposta à Pandemia do Coronavírus, serão proibidas visitas aos cidadãos abrangidos pela decisão enquanto permanecerem nos locais de quarentena, sendo igualmente interdito o acesso público a essas áreas.

 

A diretora nacional da Saúde, Helga Freitas, confirmou, no mesmo dia, em entrevista à televisão pública angolana TPA, que a quarentena teria de ser cumprida nos centros criados para o efeito.

 

A agência Lusa questionou as autoridades angolanas sobre se a quarentena dos passageiros poderá ser realizada em casa, mas remeteram os esclarecimentos para a conferência de imprensa que terá lugar hoje à tarde.

 

O novo coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 infetou mais de 189 mil pessoas, das quais mais de 7.800 morreram, duas delas em Portugal.

 

Das pessoas infetadas em todo o mundo, mais de 81 mil recuperaram da doença.

 

O surto começou na China, em dezembro, e espalhou-se por mais de 146 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde a declarar uma situação de pandemia.