Luanda - O impacto do Covid-19 a economia mundial, vem de uma maneira geral despertar a forma como cuidamos da nossa saúde. Notamos sem ciência que esta sendo mais caro curar do que prevenir, aos países aonde há casos confirmados.

Fonte: Club-k.net

Vem também mudar a maneira como devemos racionalizar e valorizar os bens alimentares de produção local.


Esta pandemia, causará em curto prazo uma baixa na importação e exportação de diversos produtos a nível mundial. O estado de quarentena e o fechar das fronteiras que muitos países estão adoptar para salvaguardar a segurança dos seus Estados, vai se repercutir na disponibilidade de certos produtos para o consumo básico do ser humano e não só.


Para o nosso caso em Angola, será uma grande oportunidade de apostarmos de uma vez por todas na produção nacional, principalmente produção agrícola em massa, de produtos que fazem parte da sexta básica.


Os recursos financeiros disponíveis que sempre serviram para importação da sexta básica, devem ser canalizados para produção nacional dos mesmos.


Para prevenir a escassez de produtos da sexta básica, seria bom que nosso Governo criasse um plano de emergência de produção nacional, em semelhança ao plano de prevenção e propagação do vírus Covid-19, encabeçado pelo Ministério da Saúde.


Os ministérios da agricultura, comércio, economia e finanças devem trabalhar em conjunto com as empresas dos respectivos sectores afim de, se criar condições para efectivação do referido Plano de Emergência de Produção Nacional a ser adoptado.


Se imaginarmos um cenário menos optimista, países como a China e outros da União Europeia, na qual dependemos para importação de produtos da sexta básica, proibissem a exportação a favor da segurança alimentar interna dos seus Estados. O cenário em Angola seria em primeira instância de especulação de preço e a seguir o caos se instalaria, a população deixariam de obedecer as autoridades sobre certas proibições para prevenir e propagar o vírus em detrimento da sua necessidade de se alimentar.


Como se diz, no meio de dez optimistas pelo menos um seja pessimistas para assegurar e garantir que suas ideias estejam certas.


O objectivo desse texto de opinião não é disseminar ou alarmar ainda mais o pânico que anda a volta do Covid-19, no seio da nossa população, aonde o medo pelo vírus tem-se revelado mais perigoso do que o próprio vírus em si, mas sim chamar atenção aos órgãos competentes pela prevenção da nossa segurança alimentar e pudermos assim evitar o provérbio “casa onde não há pão, todos ralham e ninguém tem razão”.

Mais vale prevenir que remediar.

Manuel Calembe Zeca
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